Medidas de apoio atendem a totalidade das demandas do setor
Governo garante preço mínimo ao produtor de suínos
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, anunciou a concessão de subvenção à comercialização de suínos vivos, por meio da realização de leilões de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) ou Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), no valor de R$ 0,40/kg. A medida visa garantir o escoamento da produção das regiões produtoras e cobrir os custos de produção do setor. O anúncio foi nesta quinta-feira, dia 19 de julho, na sede do ministério, em Brasília.
A quantidade a ser apoiada é de 76 mil toneladas de suínos vivos, o equivalente a 50 mil de carcaça, num investimento do governo de R$ 30,4 milhões. “Com mais essa ação, construída depois de negociações com o setor produtivo, entendemos que o governo fez a sua parte na totalidade e dentro do que foi possível realizar. A expectativa é de que a situação seja amenizada e os produtores possam cobrir os custos de produção, uma vez que estamos garantindo renda para os criadores nesse momento de dificuldades”, disse Mendes Ribeiro Filho.
Essa medida se soma a outras já anunciadas por Mendes Ribeiro para amenizar o problema que o setor atravessa, como a Linha Especial de Crédito (LEC) para os suinocultores adquirirem leitões ao preço de R$ 3,60/kg e a prorrogação das dívidas de custeio e investimento. No caso da LEC para adquirir leitões vivos, estão disponíveis R$ 200 milhões com taxas de juros de 5,5% ao ano. O financiamento pode ser acessado por produtores, agroindústrias e cooperativas. As medidas, já acordadas com o Ministério da Fazenda, passarão no próximo dia 26 para apreciação no Conselho Monetário Nacional (CMN).
No final de junho, quando foi divulgado o Plano Agrícola e Pecuário 2012/13, o Governo já havia contemplado o setor com a linha de crédito para retenção de matrizes por produtores independentes, no valor limite previsto de R$ 1,2 milhão por produtor. A possibilidade de ampliação desse montante para R$ 2 milhões, com o prazo de pagamento mantido em até dois anos e juros de 5,5% ao ano não está afastada e dependerá do mercado.
O governo espera que, com esse apoio, haja o engajamento também da indústria e dos supermercados nas campanhas de incentivo ao consumo da carne suína, como forma de alavancar as vendas e movimentar o mercado.
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