Ele nasceu em Bauru (SP) e tinha 34 anos. Durante a infância e adolescência, a família morava em Marília (SP) e passava as férias no litoral catarinense. Depois, ele decidiu fazer a graduação de engenharia elétrica na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e morar no estado. Era dono de uma imobiliária em Itajaí e praticava este e outros esportes havia 17 anos. "Ele praticou esportes desde sempre, motovelocidade, mountain bike, paraquedismo, base jump e outros", conta o pai, que também explica que o filho era muito cuidadoso.
À Noruega, era a 3ª viagem, como também já tinha viajado para outros países, como Itália e Suíça, em que há locais apropriados para a prática de base jump. "Ele tinha muitos amigos e conhecia muita gente de todos os lugares, por isso viajava bastante para saltar e para ensinar o esporte", afirma. Na internet, foram postados alguns vídeos dos saltos dele.
O base jump é uma modalidade de salto em penhascos, prédios altos, antenas de transmissão e pontes. O praticante, conhecido como base jumper, utiliza um paraquedas adaptado. Não há equipamento reserva, já que a altura geralmente é baixa e não haveria tempo para abertura de um segundo paraquedas. Enquanto a altura de um salto normal é cerca de 4 mil metros, um base jumper pula de 80 a 100 metros. Por isso, é considerado um dos esportes mais perigosos do mundo e proibido em diversos países, inclusive no Brasil.
Segundo o pai de André, o filho conhecia os riscos e por isso costumava tomar todos os cuidados possíveis. "Se ele chegava ao local e havia muito vento, ele não saltava, checava os equipamentos, conhecia os lugares e não costumava se arriscar se não tivesse segurança. Não entendemos como isso aconteceu", conta ele. Ainda não há informações das causas do acidente.
Pela dificuldade de trazer o corpo para o Brasil, a família decidiu pela cremação na Noruega. "Um amigo do Rio de Janeiro, que estava com ele, está cuidando dos trâmites. As cinzas devem chegar a Santa Catarina em uma semana", acredita o pai.
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