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Agronegócios
Sábado - 21 de Julho de 2012 às 17:26
Por: Vivian Lessa

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Produtores de leite precisam investir em gestão e tecnologia, diz presidente da Famato. (Foto:Assessoria/Famato)
Produtores de leite precisam investir em gestão e tecnologia, diz presidente da Famato. (Foto:Assessoria/Famato)
O futuro da pecuária de leite em Mato Grosso depende do incremento de renda do produtor e, principalmente, da organização da atividade. Atualmente o estado é o 10º na produção de leite do país, com 707,1 milhões de litros, respondendo por 2,3% do mercado nacional. A expectativa do setor é que o estado passe para a 5º posição em dois anos. A liderança é mantida por Minas Gerais, com participação de 27% da produção nacional de leite, o que corresponde a 8,2 bilhões de litros colocados no mercado.

O custo para produzir leite no mercado, de R$ 0,33 por litro, de acordo com o "Diagnóstico da Cadeia Produtiva do Leite" que é feito pela Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), é suficiente para a renda atual do produtor, considerando o preço de R$ 0,61 para a venda da bebida. No entanto, para confirmar a expansão do setor nos próximos anos será necessário um incremento de 32% no preço que é repassado ao produtor.

O presidente da Associação dos Produtores de Leite em Mato Grosso (Aprosleite-MT), Alessandro Casado, conta que o valor de comercialização deveria chegar, no mínimo, a R$ 0,81 o litro. "Temos condição de aumentar a produção. O estado tem potencial para se tornar também um dos maiores produtores de leite do país".

Para o presidente da Famato, Rui Prado, a pecuária de leite no estado está dispersa, desorganizada e precisa investir em gestão e tecnologia. Conforme ele, a culpa pelo baixo preço do produto cobrado no mercado é do próprio produtor que, ainda, não está capacitado para promover o crescimento da atividade.

Foram ministrados cursos sobre higienização e manuseio do animal (Foto: Divulgação/ Assessoria)
Foram ministrados cursos sobre higienização e
manuseio do animal(Foto: Divulgação/ Assessoria)

"Mais de 90% dos pecuaristas produzem até 200 litros de leite por dia. O que é pouco para o fomento da cadeia leiteira mato-grossense". Ele conta também que o setor tem outros entraves como a falta de um preço futuro para a comercialização. "As indústrias passavam o preço do produto um mês depois que ele foi vendido. Já o produtor recebia quase meses após entregar o leite", comentou.

A falta de organização ressaltada pela  levaram os irmãos Luiz e José dos Santos investir na gestão da propriedade. Trabalhando há quase 10 anos na atividade, eles contam que somente neste ano perceberam que não sabem o quanto ganham com o trabalho de produção e venda do leite. "Não sabemos qual é o custo de produção", diz Luiz Carlos. Ele diz que, apesar da desorganização, teve aumento na produção, passado de 80 litros para 1.100 litros de leite por dia. "Sabemos que tivemos lucro, mas não sabe quanto e nem o valor que investimos nesse período".

O tema foi discutido durante o evento "Famato em Campo Leite" realizado na sexta-feira (20), na fazenda Irmãos Santos, em São José dos Quatro Marcos, a 326 km de Cuiabá. Na ocasião os produtores tiveram a oportunidade de saber o correto manuseio dos animais para a atividade leiteira, bem como noções de higiene e sanidade animal.





Fonte: Do G1 MT

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