No segundo dia da 19ª Conferência Internacional de Aids, que ocorre durante esta semana em Washington, governos e ativistas, incluindo alguns prestigiados cantores e atores de Hollywood, defenderam a busca por uma geração "livre da doença" e o fim do estigma que continua ligado aos portadores de HIV.
Principal oradora da conferência nesta segunda-feira, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, foi categórica ao falar sobre a posição de seu país neste aspecto. "Há que duvide dos compromissos assumidos pelos EUA na luta pela prevenção e pelo tratamento das pessoas infectadas pelo o vírus HIV", afirmou Clinton.
Isso porque, inúmeros grupos, de dentro e de fora dos EUA, questionam as decisões do presidente Barack Obama de repassar menos recursos aos fundos que lutam contra essa doença. Neste aspecto, Hillary completou: "Seguimos comprometidos, não abandonamos e não vamos abandonar esta luta até que alcançarmos uma geração livre da aids".
Nesta segunda, por exemplo, o governo de Obama anunciou uma doação de US$ 150 milhões para reduzir a propagação do HIV nos países mais pobres.
Em uma mensagem gravada e exibida na abertura da jornada desta segunda, o presidente da França, François Hollande, sustentou que seu governo quer "criar novos financiamentos suplementares" para os programas globais de luta contra a aids.
"Este é o sentido do imposto sobre as transações financeiras que meu país decidiu incorporar desde o primeiro de agosto", acrescentou Hollande, que também tentou estender essa taxa a nível continental e mundial na última Cúpula do G20. Segundo Hollande, "em um contexto econômico e financeiro difícil, o compromisso dos Estados e dos doadores é indispensável".
A conferência, que ocorre nos EUA pela primeira vez em 20 anos e será concluída na próxima sexta-feira, estará repleta de caras conhecidas, famosos e atores de Hollywood que querem se unir à causa para por fim em uma doença que há três décadas afeta milhares de pessoas e, inclusive, muitas celebridades.
Desde a identificação da Aids no início do anos 80, mais de 30 milhões de pessoas morreram por doenças vinculadas a essa síndrome, sendo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que há pelo menos 35 milhões de portadores do vírus HIV.
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