ConformeAldo Locatelli, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), há cerca de 30 dias o produto já falta nas revendedoras mato-grossenses. Ele explicou ainda que a distribuição deve ficar comprometida pelos próximos seis meses, pois além da alta no consumo, a falta de logística e de locais para a armazenagem do produto contribuem para o cenário de instabilidade no setor.
Ainda de acordo com o presidente do Sindipetróleo, outro problema é o encarecimento do frete. "Não temos estradas adequadas e a nova lei para a jornada de trabalho dos motoristas ajudam a encarecer o preço do frete. Esta situação impacta no bolso do consumidor."
Para o diretor executivo do Sindicato de Transportadoras de Mato Grosso (Sindmat), Gilvando Alves de Lima, a falta do produto pode estar relacionada ao não pagamento mínimo do custo por quilômetro rodado. "As transportadoras devem receber, pelo menos, R$ 3,75 em cada quilômetro rodado. Muitas empresas estão recebendo abaixo desse valor, o que pode ter provocado receio na hora de fechar o frete". Mas, ele aponta que a razão para a falta do produto nas revendedoras ainda não foi detectado. "Estamos verificando o que realmente está acontecendo", garantiu.
Enquanto isso, além dos setores de combustíveis, a agricultura teme os efeitos que a falta do diesel pode trazer. "O setor ficará estagnado. Não teremos como tirar a produção do campo e nem fazer o escoamento", diz o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado. Conforme dados do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea) restam ainda 44% da produção de milho para ser colhida. Já o algodão, mais da metade da produção ainda está no campo.
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