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Agronegócios
Quinta - 26 de Julho de 2012 às 09:10

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Falta de óleo diesel gera reflexos em diversos setores (Foto: Reprodução/TV Integração)
Falta de óleo diesel gera reflexos em diversos setores (Foto: Reprodução/TV Integração)
A superprodução das safras agrícolas é apontada como uma das culpadas pela falta do óleo diesel nas revendedoras do Mato Grosso. O aumento no número de máquinas no campo, prontas para a colheita, e de caminhões, na espera para fazer o escoamento da produção, elevou o consumo do combustível no último mês. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o estado consumiu 1,4 bilhões de litros de diesel nos primeiros cinco meses deste ano. Isso representa um crescimento de 12% no que foi comercializado no mesmo período do ano anterior, quando as vendas do combustível atingiram 1,2 milhões de litros.

ConformeAldo Locatelli, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), há cerca de 30 dias o produto já falta nas revendedoras mato-grossenses. Ele explicou ainda que a distribuição deve ficar comprometida pelos próximos seis meses, pois além da alta no consumo, a falta de logística e de locais para a armazenagem do produto contribuem para o cenário de instabilidade no setor.

Ainda de acordo com o presidente do Sindipetróleo, outro problema é o encarecimento do frete. "Não temos estradas adequadas e a nova lei para a jornada de trabalho dos motoristas ajudam a encarecer o preço do frete. Esta situação impacta no bolso do consumidor."

Para o diretor executivo do Sindicato de Transportadoras de Mato Grosso (Sindmat), Gilvando Alves de Lima, a falta do produto pode estar relacionada ao não pagamento mínimo do custo por quilômetro rodado. "As transportadoras devem receber, pelo menos, R$ 3,75 em cada quilômetro rodado. Muitas empresas estão recebendo abaixo desse valor, o que pode ter provocado receio na hora de fechar o frete". Mas, ele aponta que a razão para a falta do produto nas revendedoras ainda não foi detectado. "Estamos verificando o que realmente está acontecendo", garantiu.

Enquanto isso, além dos setores de combustíveis, a agricultura teme os efeitos que a falta do diesel pode trazer. "O setor ficará estagnado. Não teremos como tirar a produção do campo e nem fazer o escoamento", diz o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado.  Conforme dados do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea) restam ainda 44% da produção de milho para ser colhida. Já o algodão, mais da metade da produção ainda está no campo.





Fonte: Do G1 MT

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