Mariana Terra, de sete anos, é uma das candidatas a ficar com um cãozinho e está ansiosa. "Ontem ela já fez uma lista de nomes e o escollhido foi Tody", contou o irmão dela, André Rodrigues. Afagando o beagle, a menina disse: "Ele é bem calminho assim. Eu, meu irmão e a minha mãe vamos cuidar bem dele".
Segundo a presidente da ONG, Eloisa Murta, os cães estão muito felizes. "Eles estão alucinados, Correndo pra tudo quanto é lado, cheirando tudo, estão felizes da vida", contou. Eles devem continuar na ONG por pelo menos mais três semanas e então poderão ser levados.
Uma das tratadoras de animais da entidade faz uma orientação aos interessados nos cachorros. "Eu quero fazer um apelo para a comunidade que não se interesse só pelos beagles, porque existem três cachorros, sem raça definida, que também estavam presos no biotério e também precisam de adoção", reforça.
Relembre o caso
Em outubro do ano passado, o Ministério Público (MP) apresentou à Justiça uma ação civil pública na tentativa de impedir a UEM de utilizar os cães da raça beagle nas aulas do curso de odontologia.
De acordo com o MP, os animais eram vítimas de maus-tratos, mantidos em condições precárias de higiene e utilizados em experimentos odontológicos dolorosos, sem anestesia adequada.
Após a denúncia do MP, ainda em outubro, a Justiça determinou por liminar a suspensão dos experimentos realizados com cães da raça beagle, mas os cães continuaram presos no canil da UEM. A decisão impedia também quaisquer outras pesquisas com animais. O caso chegou ao MP através de abaixo-assinado com cerca de seis mil assinaturas.
Em janeiro deste ano, o processo foi julgado e foi mantida a liminar de outubro.
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