O debate entre oito dos dez candidatos à prefeitura de Fortaleza, realizado pela TV O Povo no início da noite deste domingo, foi marcado por ataques à atual gestão da prefeita Luizianne Lins (PT). No primeiro bloco os pleiteantes se apresentaram e anunciaram sua primeira ação à frente da prefeitura, caso fossem eleitos. O debate também contou com perguntas de internautas e com questões trocadas entre os próprios concorrentes. Entre as principais promessas feitas pelos candidatos estavam as áreas de saúde, da juventude e de planejamento da gestão.
Elmano de Freitas (PT) se apresentou como candidato da presidente Dilma Roussef, do ex-presidente Lula e da atual prefeita Luizianne Lins. Ele garantiu que vai avançar com investimentos na rede pública de saúde municipal. "É importante reconhecer que o Hospital da Mulher está entregue e que serão oitenta mil exames a mais em Fortaleza" afirmou.
Heitor Férrer (PDT) também prometeu reestruturar as unidades de saúde e garantiu que, se eleito, vai construir uma segunda unidade do Instituto Doutor José Frota, hoje referência em traumatologia, urgência e emergência no Ceará.
Inácio Arruda (PCdoB) destacou que sua prioridade será planejar a cidade e também lembrou que o setor da saúde pública no município deixa a desejar. Ele destacou a falta de investimento no esporte e na juventude e lembrou que durante as Olimpíadas de Londres "a primeira medalha brasileira veio de um programa do governo federal, o bolsa atleta, que nós podemos ampliar imensamente em Fortaleza".
Marcos Cals (PSDB) se apresentou como a "real" oposição à atual gestão do PT, que diz combater há oito anos. Ele destacou conquistas do governo do Estado, ainda durante a gestão do correligionário Tasso Jereissati, nas áreas da infraestrutura e mobilidade urbana.
Moroni Torgan (DEM) reconheceu avanços na área da educação na capital cearense, mas criticou a última pesquisa de desemprenho escolar, realizada pelo governo do Estado, que colocou a educação nas escolas de Fortaleza em penúltimo lugar no ranking estadual.
Renato Roseno (Psol) questionou a quantidade de terceirizados na máquina municipal e disse que a situação da capital cearense, em vários setores, passa por problemas macroeconômicos, criados durante a gestão de Fernando Henrique (PSDB) e reproduzidos por Lula e Dilma Rousseff. "Metade da economia de Fortaleza é informal. Temos que estimular a formalização e apoiar redes de economia solidária" propôs.
Roberto Cláudio (PSB) reforçou as críticas na área da saúde pública em Fortaleza e disse que "enquanto não tivermos uma rede do PSF (Programa Saúde da Família) e uma boa rede secundária de saúde os hospitais estarão lotados". "Não dormirei uma noite sequer enquanto não entregar à população fortalezense um sistema de saúde à altura de sua dignidade", garantiu. Ele prometeu, ainda, atenção às áreas de habitação, economia popular e segurança pública.
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