Réus por espancar jovem que defendeu mendigo não terão júri popular
Os cinco jovens acusados de espancar o universitário Vitor Suarez Cunha na Praia da Bica, Ilha do Governador (RJ), não irão a júri popular. Decisão do juiz Murilo Kieling, da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, optou pela desclassificação do crime. Desta forma, o processo contra Tadeu Assad Farelli Ferreira, William Bonfim Nobre Freitas, Fellipe de Melo Santos , Edson Luis dos Santos Junior e Rafael Zanini Maiolino será distribuído para uma vara criminal comum, a quem caberá analisar a denúncia e as provas.
Além disso, na sentença, o magistrado determinou a revogação da prisão preventiva de Rafael Zanini. Em relação aos outros acusados, a detenção foi convertida por penas alternativas. Entre elas, ficam obrigados ao recolhimento domiciliar diário, inclusive aos finais de semana, entre 20h e 6h. Segundo o juiz, não se configurou a intenção de matar Vitor por parte dos réus.
O crime ocorreu na madrugada do dia 2 de fevereiro de 2012, depois que Vitor pediu aos denunciados que parassem de agredir um mendigo. De acordo com a denúncia do Ministério Público, os agressores desferiram socos e chutes no corpo e na cabeça da vítima, "de forma cruel e em superioridade numérica, com o objetivo de matá-lo". Rafael Zanini Maiolino teria impedido que um amigo da vítima interferisse, contribuindo para que o grupo continuasse as agressões, mesmo com a vítima já desacordada e indefesa, caída no chão. Os ataques deixaram sequelas como fraturas no rosto do universitário, de 21 anos.
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