"Foram levadas joias, uma bicicleta e um frigobar. Foi muito traumático tudo, porque encontramos o corpo ontem à noite e não consegui prestar muita atenção na casa, mas, sim, essas coisas foram subtraídas da casa", acrescentou o empresário.
O corpo de Alpha Dias Kieling foi sepultado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, por volta das 16h30 desta segunda-feira (30).
"Não tem nada mais indigno do que uma idosa, como a minha mãe, ser violentada e morta desse jeito", disse Dannenberg. Entretanto, segundo o executivo, aparentemente não havia marcas de agressão no corpo da mãe.
De acordo com o delegado da Divisão de Homicídios (DH), Rivaldo Barbosa, as investigações ainda estão muito no início e somente o laudo cadavérico, que sai em 48 horas, poderá determinar se ela teve morte natural ou não.
"Nenhuma hipótese será descartada, nem homicídio, nem tentativa de ocultação de cadáver. Vamos ouvir o filho da vítima mais uma vez e esperar o laudo cadavérico para tentar identificar a dinâmica do acontecido, a hora e o dia da morte da vítimas", disse o delegado.
O executivo Robert Dannenberg disse nesta manhã que está muito abalado e também revoltado com a morte da mãe. Ele esteve no Instituto Médico-Legal (IML), na Leopoldina, para fazer o reconhecimento do corpo.
"Nós não podemos conviver em um país onde crime como este, brutal e violento, aconteça. Espero que essa banalização da violência termine, que a polícia faça o trabalho dela e encontre o verdadeiro culpado. Espero por Justiça", disse ele.
Filho da vítima, empresário é amparado durante
sepultamento no Rio (Foto: Bernardo Tabak/G1)
O executivo acrescentou, ainda, que a mãe era muito querida por todos: "Ela era uma pessoa muito simples e acolhedora, super querida mesmo, todos os vizinhos gostavam dela. Ninguém tinha nada contra a minha mãe. O coração dela era tão bom, que ela até recolhia cachorrinhos na rua para levar para casa", declarou Robert, que ainda acrescentou que não tem ideia de quem pode ter matado a mãe:
"Não dá para desconfiar de ninguém. Vou esperar a investigação da polícia e torcer para que isso seja resolvido o mais breve possível", completou.
Ainda de acordo com Robert, o seu último contato com a mãe foi entre os dias 9 e 10: "Na quinta-feira passada os vizinhos me avisaram que ela não aparecia no condomínio há pelo menos uma semana. Segundo o vigilante, ela tinha dito que iria viajar para Teresópolis (Região Serrana), e eu imediatamente avisei à polícia", concluiu.
Corpo foi encontrado em quintal de casa
De acordo com as primeiras informações polícia, o corpo foi encontrado pelo filho da idosa, nos fundos de casa, na Rua Golf Club, em São Conrado. Ele estava enterrado em um buraco, segundo informações da Divisão de Homicídios (DH). A polícia vai aguardar o laudo da perícia para saber as causas da morte.
Robert havia registrado queixa do desaparecimento da mãe no dia 20, na 15ª DP (Gávea). Ela teria dito que iria viajar para Teresópolis, na Região Serrana, e não fez mais contato desde então.
Executivo Robert Dannenberg é filho deAlpha
Dias Kieling (Foto: Renata Soares / G1)
De acordo com a polícia, Robert prestou depoimento no domingo. Ele contou que já tinha estado na casa anteriormente e não tinha percebido nada de anormal, como arrombamentos e, aparentemente, não deu por falta de objetos na casa. No domingo, ele decidiu retornar à casa e ao sentir forte mau cheiro no quintal, chamou a equipe da 15ª DP, que ao escavar o local, encontrou o corpo da idosa.
Segundo inspetores da DH, depois do anúncio do desaparecimento de Alpha, equipes da 15ª DP foram à Teresópolis. Mas chegando lá, vizinhos informaram que ela não aparecia na casa havia tempo.
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