Elas passaram por cirurgias, em que uma doou parte do ovário para a outra. Realizada pela primeira vez no Brasil, a técnica é simples: a equipe médica retirou uma parte do tecido germinativo do ovário saudável de Elisa. Em seguida, o tecido foi implantado no ovário da irmã, Mariana, que não podia engravidar.
De acordo com o médico Gilberto Almodin, especialista em reprodução humana, que pesquisa a técnica há 13 anos, o transplante permite que os ovários com problemas se tornem saudáveis. “Nós chegamos a conclusão de que não se precisaria de um ovário inteiro. Se nós conseguíssemos isolar fragmentos onde carreariam os óvulos que ela implantasse, nós teríamos um resultado muito bom”, descreveu.
A expectativa agora é de que os ovários da Mariana se regenerem e passem a funcionar normalmente dentro de oito meses. A partir daí, ela espera finalmente engravidar e já escolheu até os nomes dos bebês. “Quero ter gêmeos. Se forem meninos vão se chamar Samuel e Isac. Se for menina Ana Elisa e Isabel”, contou a moça.
Para a irmã Elisa, é uma grande realização ajudar na construção da família de Mariana. “Eu me sinto feliz por estar realizando o sonho dos dois. O dela de ser mãe e o do Marcelo [marido] de ser pai”, relatou.
A cirurgia, feita em Maringá, já foi realizada em pacientes de outros países. Todas com base na pesquisa desenvolvida pelo médico brasileiro. O procedimento é indicado, não só para os casos de menopausa precoce, mas também para mulheres com câncer, que tem os ovários comprometidos com tratamentos de radioterapia.
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