"O governo nos falou da necessidade de desobstruir os bloqueios nas estradas para que possamos negociar", disse Bueno.
Caminhoneiros de vários estados do país fazem bloqueios nas rodovias desde a última quarta-feira (25). Eles protestam contra normas editadas pelo governo para regular o trabalho da categoria.
Os caminhoneiros querem renegociar, entre outras coisas, a obrigatoriedade de folga de 11 horas diárias. A categoria alega que a quantidade de horas é excessiva. Reivindicam também a construção de postos de descanso nas rodovia.
"Se a lei tiver arestas, temos que apresentar sugestões. O governo precisa resolver o problema de onde vamos parar os caminhões na hora do descanso. Precisamos no mínimo de, a cada 200 km, ter uma parada de descanso", afirmou Diumar Bueno.
O presidente da CNTA disse ainda que o governo se comprometeu a já apresentar uma proposta diante das reivindicações dos caminhoneiros no dia 8 de agosto, com a condição de que os bloqueios sejam suspensos.
Depois da reunião com a CNTA, o ministro dos Transportes iniciou encontro com representantes de outra entidade dos caminhoneiros, o Movimento União Brasil Caminhoneiro. Ao contrário do Movimento, a CNTA não é favorável à greve da maneira que está sendo conduzida. "Tem questões que precisam ser discutidas, mas não há necessidade de parar o país por questão
dessas arestas" disse Diumar.
Nélio Botelho, presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro, afirmou, antes de entrar para a reunião com o ministro, que sua entidade reivindica revogação das normas que exigem descanso de 11 horas diárias para o caminhoneiro. "As leis foram feitas por quem nunca dirigiu um caminhão". O Movimento pede também construção de postos de descanso nas estradas e maior valorização no preço do frete.
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