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Polícia
Quarta - 01 de Agosto de 2012 às 08:00

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Thiago Bergamasco/MidiaNews-Reprodução
A  menor P. M., disse que Maiana mantinha relações com Rogério desde os 13 anos de idade
A menor P. M., disse que Maiana mantinha relações com Rogério desde os 13 anos de idade

A menor P. M., de 16 anos, disse, em audiência de pronúncia e instrução, na 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher, nesta terça-feira (31), que a adolescente Maiana Mariano Vilela matinha um relacionamento sexual com o empresário Rogério Amorim, 38, desde os 13 anos de idade.

A garota é uma das testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público Estadual (MPE). Maiana foi assassinada aos 16 anos, no fim do ano passado

Rogério Amorim é acusado pelo MPE de ser o mandante do assassinato da menor. Ele teria contratado Paulo Ferreira e Carlos Alexandre para matarem a garota.

A esposa dele, Calizângela de Moraes, seria cúmplice no assassinato. Todos são acusados pelo crime de homicídio triplamente qualificado.

P. M. era amiga de Maiana, que teria lhe confidenciado que se encontrava com Rogério desde os 13 anos.
 

“Ela foi apresentada a ele por uma amiga, que também mora no bairro Doutor Fábio. Maiana e Rogério sempre ficavam, se encontravam, tinham encontros sexuais, desde os 13 anos. Mas, depois que passou a ficar sério, aí ela foi morar na casa da mãe dele”, disse a jovem.

Durante interrogatório feito pela promotora Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, a menor contou que era amiga de Maiana e que Rogério a contratou para trabalhar em sua empresa de pré-moldados, localizada na região do bairro Três Barras.

A menor disse que Maiana começou a ter ciúmes dela e que pediu para Rogério dispensá-la, fato que ocorreu dias depois. Após ter sido dispensada, P. teria ficado magoada com Maiana e romperam a amizade.

Em setembro do ano passado, após ter sido dispensada do trabalho, P. contou que Rogério a procurou e se encontraram no mesmo dia, vindo os dois a manter relação sexual. Na época, a menina tinha 15 anos.

“Ele me ligou, marcamos e saímos juntos. Foi só essa vez. Eu tinha 15 anos na época. Eu não gostava dele, fiquei porque estava brigada com ela e com raiva”, revelou a garota.

A promotora Lindinalva Dalla Costa sustentou que o envolvimento de Rogério com garotas moradoras da periferia e menores de idade "não é novidade para o MPE".

P. M., atualmente está casada e grávida de nove meses de seu primeiro filho.

Diligências realizadas pela Polícia Civil comprovaram que outras menores que se envolveram com o empresário também irão prestar depoimento. A intenção é traçar um perfil do acusado e mostrar que Maiana não foi a única envolvida pelo empresário.



Familiares e amigos de Maiana Vilela participaram de uma cerimônia discreta de velório e sepultamento do corpo da jovem, nesta terça-feira.

Os restos mortais foram sepultados às 15h no Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá, na região do Coxipó.

A mãe, Sueli Mariano Vilela, e o irmão de Maiana, Danilo Raul Vilela, prestaram depoimento na audiência até às 13h e, logo em seguida, se dirigiram até o cemitério.

 

Entenda o caso

Maiana Vilela, 16, desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011. Investigações mostram que a jovem foi vítima de um plano cruel para o seu assassinato, supostamente tramado pelo ex-namorado Rogério Amorim.

Segundo a Polícia, Rogério contratou Paulo Ferreira e Carlos Alexandre para executarem a menor.

Ele deu um cheque de R$ 500 para Maiana descontar no Banco Itaú, no CPA 1.

Ela teria que levar R$ 400 desse dinheiro para pagar um caseiro, em uma chácara, na região do bairro Altos da Glória.

Esse pagamento era parte do plano de Rogério para atrair Maiana para o seu algoz.

A garota foi até a chácara, entregou o dinheiro para Paulo, que a matou em seguida, por asfixia. Ele teve a ajuda de Carlos Alexandre.

A dupla colocou a menor no banco traseiro de um automóvel Uno, de cor prata, que pertencia a Paulo. Eles levaram o corpo de Maiana até a empresa de Rogério, no bairro Três Barras, para que ele comprovasse a morte da ex-namorada.

Depois disso, o corpo da menina foi enterrado em uma área afastada na estrada da Ponte de Ferro, a cerca de 15 km de Cuiabá.

O corpo de Maiana foi resgatado por policiais, após terem prendido a quadrilha.
 

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