Tussing conta que não sabe como o animal apareceu. "Eu estava pescando e um colega falou que tinha um gato nadando em cima da água, boiando bem perto do barco. Eu procurei um passaguá, ele se agarrou e então puxei e o tirei da água. A primeira coisa que pensei quando vi foi em tirá-lo da água", explica.
O pescador conta também que o animal estava bastante assustado. "Logo depois que ele chegou a bordo, ele correu para o porão da embarcação e ficou por lá. Nós tentamos dar água e comida, mas ele não quis nada. Ficou em cima de uma cama e sempre que alguém tentava se aproximar ele reagia, mas não chegou a machucar ninguém", conta.
Em entrevista ao G1, a veterinária Luciana Santiago de Nardo afirma que o animal ficou agressivo pois estava estressado. "Ele passou por um trauma muito grande, envolvendo risco de morte. Se ele for de rua, naturalmente ele já é um pouco mais arisco. O trauma potencializa isso no primeiro momento e, por isso, ele recusa qualquer aproximação, alimento e até água", explica.
Luciana explica ainda que o animal teve sorte de ser resgatado. "Um gato pode nadar até vir o cansaço ou, se a água estiver fria, a hiportemia, e isso leva ao afogamento. O tempo que ele pode nadar varia, pois depende das condições físicas do animal", finaliza.
Animal foi resgatado e depois se refugiou no porão da embarcação (Foto: Adryanno Tussing/Arquivo Pessoal)
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