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Nacional
Quinta - 02 de Agosto de 2012 às 20:42

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Em um vídeo divulgado pela Polícia Civil, o caseiro Ênio Tomaz da Rocha, de 47 anos, confessa ter matado Alpha Dias Kieling, de 76 anos. Ele também diz que está arrependido e que tem que pagar pelo crime. Além disso, Ênio pede desculpas ao filho da vítima. "Se pudesse daria minha vida para ter a dela de volta", diz Ênio no vídeo.

Mais cedo, o inspetor Rafael Rangel, chefe de investigação da Divisão de Homicídios (DH), já havia informado que Ênio tinha confessado o crime.

O caseiro diz ter matado a idosa por ela ter suspeitado que ele tivesse roubado algum objeto do armário que havia limpado após a vítima oferecer R$ 50. No entanto, segundo o caseiro, a idosa pagou apenas R$ 30 pelo serviço. Após terminar a limpeza, Ênio conta que empurrou Alpha e ela caiu. Em seguida, ainda segundo seu relato, ele enforcou a idosa.

 Ainda de acordo com o seu relato, quando percebeu que a idosa não estava mais respirando, Ênio primeiro pensou em pedir ajuda a seguranças que ficavam na rua, mas percebeu que a via estava deserta. Então, segundo ele, cavou um buraco no quintal da vítima e enterrou o corpo.

Foi ao chegar em casa, na Rocinha, que ele diz ter se arrependido do crime.

Ele afirma que se sentiu pressionado ao ver policiais fazendo buscas pela Rocinha. "Quando vi entrando e saindo da minha casa, aquilo me doeu muito. Tentei procurar a delegada para dizer que queria me entregar, mas com um defensor público."

Caseiro recebeu R$ 100 de filho da vítima
Ênio conta que ao receber R$ 100 do filho da vítima, pensou em mostrar onde Alpha estava enterrada, mas não teve coragem.

Ele conta ainda que quando foi encontrado pela polícia, estava a caminho do Centro para procurar um defensor público.

Ao ser questionado sobre o que diria ao filho da vítima, Ênio disse chorando: "Todo mundo que comete erros tem chance de mudar. Não sei o que aconteceu", contou, pedindo desculpas a todos pelo crime.

A idosa foi encontrada morta e parcialmente enterrada nos fundos da casa, em São Conrado, Zona Sul do Rio, no domingo (29). A polícia informou que Ênio vai responder por homicídio doloso.

Filho se sentiu aliviado
O executivo Robert Dannenberg, filho de Alpha, disse na manhã desta quinta-feira (2) que se sente aliviado com a prisão do caseiro. Segundo Robert, ele não tinha contato com o empregado e que a mãe nunca comentou sobre ele.

"A sensação que eu tenho é de alívio. Retiramos das ruas um assassino cruel e isso é um grande alívio para toda a população. Foi retirado das ruas um criminoso muito perigoso, isso que é importante. Eu nunca tinha visto esse rapaz antes de sexta-feira, quando ele abriu os portões da minha casa para eu entrar", disse.

O executivo acompanhou a prisão do suspeito na Divisão de Homicídios. Ele afirmou que acredita que o caseiro seja o autor do crime: “A Justiça agora vai tratar de condená-lo adequadamente. Eu estou muito seguro que todas as evidências que me foram apresentadas apontam ele como o assassino. Esse é um momento de muita emoção para os familiares”, completou.

Suspeito foi preso na manhã desta quinta
O caseiro foi preso na manhã desta quinta-feira (2).  De acordo com o 23°BPM, que efetuou a prisão, os policias efetuaram a prisão do suspeito após receber uma denúncia.

Segundo o tenente Edilson Bezerra, PMs que faziam ronda, quando foram acionados e encontraram Ênio caminhando na altura do Clube de Remo do Vasco da Gama, na Lagoa, na Zona Sul da cidade. Ao avistar os policiais, o suspeito teria tentado fugir, mas foi alcançado. Ênio chegou a ser encaminhado para a 15ª DP, na Gávea, mas, por se tratar de assasinato, foi levado para a Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, Zona Oeste.

Passagem pela polícia
O delegado Rivaldo Barbosa informou, na terça, que Ênio já tinha passagem pela polícia por roubo e furto e que já havia sido investigado pela DH por ocultação de cadáver e homicídio. Em maio deste ano, ele já tinha cometido o mesmo crime. Segundo  Barbosa, Ênio matou e ocultou o corpo de uma funcionária de uma creche, em Botafogo, também na Zona Sul da cidade.

"O que nos fez crer que ele é o autor, foi porque este cidadão usou o mesmo modo operante no crime contra a Alpha. Tudo isso foi levado em consideração. E uma das circunstâncias do procedimento, foi porque somente ele tinha acesso à casa", explicou Rivaldo.

O titular da DH acrescentou ainda que Ênio  tentou despistar o filho da vítima, quando ele foi procurá-la. "Quando [o executivo] Robert [Dannenberg] foi até a casa onde sua mãe morava a procura dela, o Ênio disse que Alpha tinha viajado para Teresópolis, para poder despistar não só o filho, como a polícia também", completou.





Fonte: Do G1 RJ

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