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Saúde
Quinta - 02 de Agosto de 2012 às 23:40

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Por dois anos, a adolescente de 15 anos Hannah Norman colocava seu relógio para despertar todos os dias às 4h15. No entanto, a razão pela qual a estudante acordava tão cedo não tinha a ver com uma rotina atribulada: o motivo é que ela passava quatro horas se arrumando para ir à escola, incluindo aplicação de unhas postiças, peruca e sessões de bronzeamento artificial. "Eu estava obcecada por Snooki, do reality show Jersey Shore, e fiquei viciada em spray bronzeador, assim eu poderia ficar parecida com ela. Me preparar para sair à noite podia levar até oito horas. Eu cancelava planos para poder aplicar camadas e mais camadas de bronzeador", contou a adolescente ao jornal The Sun

Hoje, aos 17 anos, Hannah aprendeu a gostar de sua pele clarinha, mas isso aconteceu após sofrer sérias consequências decorrentes do bronzeamento artificial. "Minha pele estava completamente manchada e eu não conseguia remover todos os resíduos do spray bronzeador. Por dois anos, eu não vi a minha real cor. Eu ficava reaplicando o produto para cobrir os estragosque eu já havia feito", disse. "Eu usei tanto esse produto que minha pele ficou alérgica", acrescentou.
 
Novas pesquisas, no entanto, mostram que esse tipo de reação é cada vez mais comum. Produtos para bronzeamento artificial, como sprays e cremes bronzeadores, contêm substâncias que podem desregular os hormônios, além de serem cancerígenas. Outros ingredientes desses produtos são causadores de alergia e liberam até substâncias venenosas, incluindo formaldeído.
 
Além de todos esses perigos, o bronzeamento artificial ainda custa caro. O vício de Hannah estava saindo por 400 libras por mês, mais de R$ 1 mil, e seu pai, o personal trainer Bryn, chegou até a comprar uma máquina de bronzeamento para o quarto da filha. "Eu não conseguia parar. As pessoas tiravam com a minha cara na rua, mas eu não ligava porque queria me destacar", contou.
 
O vício de Hannah chegou a um ponto em que Bryn e a mãe da adolescente, Deb, pediram que a filha parasse com o vício, mas ela não os escutava. Agora, em recuperação, Hannah admite que estava viciada em bronzeamento desde os 13. "Minha primeira aplicação foi aos 12. Minha mãe e minha irmã mais velha, às vezes, usavam produtos bronzeadores. Um dia, eu vi o produto no banheiro da minha mãe e resolvi testar. Eu apliquei uma camada e ninguém notou nada diferente, então, mais tarde, apliquei outra. Foi aí que comecei a aplicar mais e mais, até que as pessoas começaram a elogiar meu "brilho radiante"", disse.
 
Quando fez 14 anos, Hannah já estava viciada e, como demorava para se arrumar, estava sempre atrasada para seus compromissos. "Além de me bronzear, eu também arrancava as sobrancelhas para poder desenhar uma mais escura por cima. As pessoas, na rua, me chamavam de Oompa Loompa", contou. Quando percebeu que sua "rotina de beleza" estava atrapalhando seus estudos, a adolescente percebeu o quanto estava infeliz e encontrou forças para deixar o vício. "Eu me sentia boba e acho que eu estava finalmente deixando de gostar do look bizarro".
 
Para se livrar da mania, Hannah contou com a ajuda da família. "Levou quatro horas só para tirar todo o bronzeado do meu corpo com suco de limão. Hoje eu sei que minha saúde e bem-estar devem vir acima da minha aparência", finalizou. 
 




Fonte: Terra

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