A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu o inquérito que apurou o assassinato de Márcia Calixto Carnetti, 39 anos, e do filho, Matheus, de 5 anos, informou o delegado responsável pelo caso, Cleber Lima. O suspeito de ter cometido os crimes, o bioquímico Ênio Carnetti, 46 anos, "foi indiciado por duplo homicídio, duplamente qualificado, por motivação fútil e sem possibilidade de defesa das vítimas", afirmou o responsável pelas investigações, nesta sexta-feira.
O processo foi encaminhado à Justiça na tarde de quinta-feira. "Foram concluídas todas as oitivas e só nos resta aguardar os laudos periciais que ainda não aportaram nesta delegacia, para que possam ser remetidos ao Poder Judiciário", afirmou Lima.
Na manhã de quarta-feira, Carnetti foi ouvido pela polícia, ainda no Hospital de Pronto-Socorro, onde está internado. No entanto, durante a oitiva, ele permaneceu calado por orientação de seus advogados. Segundo o delegado, o suspeito demonstrou arrependimento e chorou ao falar do filho.
O suspeito foi preso em flagrante e está custodiado no hospital até que tenha alta. Após sair ele deve ser encaminhado para o Presídio Central de Porto Alegre. Carnetti foi salvo por pescadores após pular de uma ponte na região metropolitana. Foi após o resgate que a polícia descobriu o crime e o prendeu.
Duplo homicídio
Os corpos da enfermeira Márcia Calixto Carnetti e do menino Mateus foram encontrados na manhã do dia 26 de julho pela Polícia Militar na casa em que moravam, em um condomínio fechado no bairro Tristeza, em Porto Alegre. As vítimas apresentavam marcas de facada no peito.
Para a polícia, o crime foi motivado por uma suposta traição de Márcia. Carnetti havia imprimido diversos e-mails da mulher, além de um bilhete encontrado no local do crime. O bioquímico teria acessado as mensagens por meio de um software de espionagem.
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