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Nacional
Domingo - 24 de Novembro de 2013 às 09:04

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DO AUTO ESPORTE 

Quem para e observa atentamente este Fusca 1952 – um dos 40 veículos clássicos expostos no AutoEsporte Exposhow – nem imagina que o modelo ficou mais de 30 anos largado num celeiro de Florianópolis, em Santa Catarina. “Apesar do abandono, o carro estava tão preservado que o segundo proprietário, de quem eu o adquiri, apenas lhe deu um banho de tinta”, conta Marcelo Henrique Gama, o atual dono. Hoje, é praticamente impossível encontrar algum risco na lataria, um acabamento interno fora do padrão original ou qualquer outro detalhe que não seja exatamente como era quando o carro saiu da fábrica da Volkswagen em Wolgsburg, na Alemanha, 61 anos atrás.
 
 
Raros não só no Brasil – onde o Fusca passou a ser produzido a partir de 1959 – como no resto do mundo, exemplares como este traziam recursos que evidenciam claramente o quanto o mundo automotivo se transformou em mais de 60 anos. Os indicadores de direção saíam da coluna B, através de um movimento físico, e não elétrico – as famosas setas “bananinha”. O mostrador ao lado do velocímetro, que exibia escala invertida, jamais poderia ser um conta-giros: trata-se de um relógio a corda. E como em 1952 os carros populares nem sonhavam em oferecer ar-condicionado, a solução para refrescar a cabine era uma ventilação forçada, cunhada no para-lama – batizada popularmente de “gela saco”.
 
Outra peculiaridade (para a época e a categoria do carro) são as rodas de 16 polegadas, cujos pneus são um dos maiores desafios durante a restauração. “Quando comprei o carro tive apenas que trocar os pneus, que estavam bem gastos. Paguei R$ 85 mil pelo Fusca, e gastei mais R$ 4 mil nos pneus. Só achei na Alemanha”, conta Gama, que já recebeu – e rejeitou – propostas tentadoras para vender o Fusquinha. “Num dos encontros de autos antigos me ofereceram R$ 120 mil, mas o amor que eu tenho pelo carro não tem preço”.
 
Premiado na festa alheia
Dono do modelo desde 2010, Gama relembra a situação mais inusitada que viveu ao lado do seu nono carro antigo: “fui convidado para um encontro em que o tema era Opala, Dodge, Maverick e carros com motor V8 em geral. O público era quem votava no carro mais legal do encontro, e no fim das contas meu Fusca é que levou a premiação principal do evento. Tiveram que inventar, na hora, um prêmio de segundo colocado para um Opala, só para não ficar estranho”, conta Gama, aos risos. O Fusca ainda seria considerado, meses mais tarde, um dos principais destaque da edição 2012 do encontro de Águas de Lindoia, um dos principais do país.
 
A garagem de Gama ainda é recheada com outros clássicos, como os Volkswagen SP2, Karmann Ghia, Karmann Ghia TC, Puma GTC – além de um Gordini, um Puma GTC e um Chevrolet Camaro para o dia a dia –, mas o Fusca, com motor de 1.100 cm³, é um dos preferidos: “parece que estou num carro 0 km, com tudo funcionando, tudo justinho. E o carisma dele faz sucesso na rua”.
Fuscas com a janela traseira “Split Window” são um dos mais cobiçados por colecionadores (Foto: Caio Kenji / G1)Fuscas com a janela traseira “Split Window” são um dos mais cobiçados por colecionadores
Serviço
AutoEsporte ExpoShow
Quando: de 21/11 a 24/11
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo (SP)
Horários: das 14h às 22h (entrada até as 21h) até 23/11; das 11h às 19h (entrada até as 17h) no dia 24/11
Ingressos: vendas pelos sites www.autoesporteexposhow.com.br e www.ticketsforfun.com.br, na bilheteria do Credicard Hall (Av. Nações Unidas, 17.955) e nas bilheterias do Anhembi
Preços:
- inteira
R$ 20 (para os dias 21 ou 22/11) e R$ 30 (para 23 ou 24/11)
- meia
R$ 10 (para os dias 21 ou 22/11) e R$ 15 (para 23 ou 24/11)
- amigo (mínimo 4 tickets)
R$ 16 (para os dias 21 ou 22/11) e R$ 24 (para 23 ou 24/11)
Não serão vendidos ingressos com desconto para grupos nos dias do evento.




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