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Internacional
Sábado - 04 de Agosto de 2012 às 18:30

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A aviação e a artilharia sírias bombardearam vários setores em mãos rebeldes neste sábado, com particular intensidade nos bairros de Shaar e Sajur, no leste, e Salahedin e Seif al Dawla, no oeste, na cidade de Aleppo.

O bastião rebelde de Salahedin foi esmagado pelos "bombardeios mais violentos desde o começo da batalha, mas o exército de Bashar Al Assad não conseguiu avançar", disse à AFP o coronel Abdel Jabar Oqaidi, chefe do comando militar do ESL (Exército Livre Sírio, integrado por desertores e civis armados).

Uma fonte da segurança da região declarou que esses ataques não são mais que o início de uma grande batalha na cidade, uma das maiores do país e centro econômico sírio.

REFORÇO DE MILHARES

Pelo menos 20 mil militares foram enviados como reforço a Aleppo, segundo este responsável que também afirmou que os rebeldes fazem o mesmo.

Depois de ter controlado nos últimos dias várias delegacias, os rebeldes lançaram este sábado um ataque ao edifício da televisão e puseram explosivos a seu redor, antes de se retirarem por causa de bombardeios aéreos, segundo o OSDH (Observatório Sírio de Direitos Humanos, ONG sediada em Londres).

A agência oficial Sana afirmou que "os terroristas atacaram civis e o edifício, mas os soldados o defenderam".

Em Damasco, a capital da Síria onde há alguns bolsões rebeldes, os insurgentes do bairro de Tardamun (sul) continuaram sob ataque do exército, explicou o OSDH.

Segundo a agência oficial, o exército matou e deteve "grande número de terroristas" neste bairro.

CONTROLE DE DAMASCO

O general de brigada em Tadamun, que não quis ser identificado, afirmou que o exército sírio possui agora o controle da capital.

"Nós limpamos todos os distritos de Damasco, de Al-Midan a Mazze, de Al-Hajar Al-Aswad a Qadam (...) a Tadamun", afirmou o general, que liderou a operação militar em Tadamun.

"A situação em Damasco é excelente e estável. Já não há presença de grupos armados, com exceção de alguns indivíduos que se deslocam de um lugar para o outro para provar que existem", acrescentou.

O general informou que a operação contra Tadamun começou na sexta-feira pela manhã "para responder à demanda da população" e foi encerrada neste sábado às 14h (08h de Brasília).

MÊS MAIS SANGRENTO

O OSDH informou que um apresentador da televisão estatal, Mohamad Al Said, sequestrado em meados de julho na sua casa de Damasco, foi executado pelo grupo islamita Al Nosra, que reivindicou seu assassinato.

Em Damasco, importante centro de peregrinação xiita, "grupos armados terroristas sequestraram 48 peregrinos iranianos que iam de ônibus ao aeroporto", segundo informou o cônsul iraniano, Majid Kamjou.

A ONG publicou um primeiro balanço de 28 mortos, seis deles na província de Damasco e 16 em Deir Ezor (leste).

A maior parte da província de Deir Ezor, que faz fronteira com o Iraque, está nas mãos dos insurgentes.

Setenta por cento dos habitantes da cidade de mesmo nome foram embora, segundo o OSDH que coleta as informações com sua rede de militantes e testemunhas.

A Cruz Vermelha Internacional pediu às partes em conflito que respeitem "plenamente" o direito internacional humanitário depois do mês de julho que, segundo o OSDH, foi o mais sangrento desde que o começo da revolta na Síria, em março de 2011, que já causou um total de 21 mil mortes.






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