Irã pede ajuda à Turquia para libertar peregrinos sequestrados na Síria
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, pediu a seu colega turco, Ahmet Davutoglu, a imediata intervenção da Turquia para a libertação de 48 peregrinos sequestrados neste sábado por homens armados na Síria, informou a agência oficial de notícias iraniana Irna.
Em uma conversa telefônica, Salehí solicitou a Davutoglu a ajuda das autoridades turcas, que já intermediaram a libertação de cidadãos iranianos sequestrados na Síria desde dezembro do ano passado por grupos armados opositores ao regime de Damasco, o principal aliado árabe de Teerã.
Segundo a agência iraniana "Fars", um funcionário sírio, cuja identidade não foi revelada, responsabilizou membros do Exército Livre Sírio (ELS) pelo sequestro dos peregrinos nos arredores do aeroporto de Damasco.
Desde dezembro passado, 29 iranianos foram sequestrados por organizações armadas opositoras sírias, entre eles dois grupos de 11 peregrinos que foram capturados em janeiro e fevereiro respectivamente e posteriormente postos em liberdade com a mediação da Turquia.
Os sete sequestrados restantes são técnicos de uma empresa iraniana que trabalhavam em uma central elétrica perto da cidade síria de Homs, e cinco deles já foram libertados, o último no dia 29 de julho.
No dia 31 de julho, sete membros do Crescente Vermelho do Irã foram sequestrados na cidade líbia de Benghazi, onde sua libertação continua sendo negociada.
O Irã acusa reiteradamente os Estados Unidos, seus aliados ocidentais e alguns governos muçulmanos aliados de Washington de armar os grupos opositores sírios.
Por sua parte, os rebeldes sírios e os EUA acusaram o Irã de apoiar militarmente o regime sírio com armas, pessoal e assessoria.
O regime do partido Baath na Síria e a República Islâmica do Irã mantêm há mais de 30 anos uma associação estratégica, tanto em matéria militar, como técnica, econômica e comercial.
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