"Lógico [que ficou chateada]. Não só eu quanto a sociedade toda. Foi machismo. Só ouviram um lado", reclamou a assessora.
Denise afirmou que ainda não conversou com o senador sobre o assunto, embora já soubesse que seria demitida. Segundo Denise, o parlamentar tomou a decisão que considerou melhor.
"Ele tomou a decisão que achou melhor para ele. Só acho que foi desumano", reclamou.
Denise Rocha, que está se recuperando de uma cirurgia, afirmou que pretende conversar ainda nesta terça com o senador sobre a demissão. Nogueira afirmou que decidiu pela demissão para não prejudicar o trabalho no gabinete. O parlamentar disse que não conversou com Denise, e que a demissão foi comunicada a ela pela equipe do gabinete.
"Se foi a melhor decisão, nunca vamos saber, mas para o futuro do trabalho foi melhor", afirmou o senador.
A gravação circulou entre assessores e jornalistas que cobrem a CPI do Cachoeira em meio a versões conflitantes sobre a origem e as circunstâncias do vazamento, ainda não esclarecidas. O vídeo chamou a atenção dos jornalistas durante o depoimento do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), no começo de julho, no Senado. Antes disso, já era conhecido por alguns jornalistas, mas foi visto na tela de laptops de alguns parlamentares durante a sessão. Na ocasião, Denise chegou a entrar na sala, mas diante da curiosidade de fotógrafos e jornalistas, evitou levantar o rosto e saiu em 5 minutos.
Nesta segunda, a delegada Ana Cristina Melo, que cuida da investigação na Delegacia da Mulher, afirmou que ainda não tem como comprovar de onde teria partido o vídeo. Segundo a delegada, algumas informações foram solicitadas ao Senado. A delegada diz que, além de Denise e do homem que aparece com ela no vídeo, um servidor do Senado foi ouvido.
"Queremos saber se foi aberto [vídeo] em alguma máquina do Senado, se alguém viu", disse a delegada.
Comentários