A auxiliar de construção civil conta que após o acidente entrou em contato com a empresa, mas não obteve resposta. “Eles desligaram o telefone na minha cara e não retornaram a ligação. Não me deram a mínima atenção”, afirma ela.
Elizabeth conta ainda que já estava acostumada a usar alisantes desta marca e que nunca teve problemas. O alisamento era feito de seis em seis meses. “Eu fiquei deprimida, estou careca, mas eu sei que meu cabelo vai nascer de novo. Eu até gostaria de comprar uma peruca, mas não tenho condições, o jeito é esperar meu cabelo crescer".
O produto foi comprado em uma farmácia da cidade por R$ 6,20. Elizabete diz que seguiu corretamente todas as recomendações da embalagem e que o vencimento do produto vinha com data para abril de 2015 . "Eu fiz a prova do toque, esperei quatro horas e não aconteceu nada. Passei o produto e, cinco minutos depois, minha cabeça começou a coçar muito. Fui lavar o cabelo e ele caiu inteiro", conta.
Uma farmacêutica especialista em cosméticos acredita que o problema ocorreu quando a química entrou em contato com o couro cabeludo ou foi causado pelo intervalo pequeno entre uma aplicação e outra. Ainda segundo ela, o problema poderia ter sido pior, como queimaduras no couro cabeludo.
A dermatologista Andréa Cristina Jonas explica que as pessoas reagem de maneiras diferentes a um mesmo produto. Segundo ela, é possível a pessoa desenvolver uma reação alérgica mesmo que ela use sempre a mesma substância.
O G1 entrou em contato com a empresa Nazca, fabricante do produto. Por telefone, foi informado que a empresa desconhecia o problema e que os telefonistas que atendem aos consumidores são orientados a fazer uma série de perguntas sobre como foi a utilização do produto. Esta triagem possibilita descobrir qual foi o real problema.
A empresa ainda alega que vai entrar em contato com a consumidora e que se for constatado qualquer problema na composição do alisante, ela será ressarcida.
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