O Comando da Aeronáutica informou nesta sexta-feira que os seis soldados envolvidos na agressão contra um recruta foram afastados da corporação. Os abusos ocorreram no dia 20 de julho, em Belém (PA), e foram gravados por outro soldado, com um celular.
Em nota, o comando declarou que os soldados envolvidos no caso podem ser expulsos da companhia. Após a conclusão do inquérito policial militar, a investigação será encaminhada para a Justiça Militar.
O coordenador da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Pará (OAB-PA), Marcelo Freitas, afirmou que irá acompanhar o caso, que classifica como "tortura". "A lei diz que submeter alguém que está sob sua guarda ou autoridade a intenso sofrimento físico ou psicológico como medida de caráter preventivo ou aplicação de castigo é tortura", classificou.
As imagens da agressão foram divulgadas pelo Jornal da Globo e mostram oficiais obrigando um iniciante a repetir exercícios pesados sob ameaças, como três minutos de flexões. Agachada, a vítima recebe golpes na cabeça, chutes, pisões e chega a ser atingido por varas de paus e arrastado.
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