A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, prometeu neste sábado em Istambul mais ajuda à oposição na Síria, além de coordenar com a Turquia medidas concretas, incluindo aspectos militares e de espionagem.
Hillary expôs sua posição sobre a crise síria em entrevista coletiva conjunta com o chanceler turco, Ahmet Davutoglu, realizada hoje em Istambul. A responsável pela diplomacia americana também se reunirá com o primeiro-ministro e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan e Abdullah Gül, respectivamente.
Apoiar a oposição tanto dentro como fora da Síria é agora a prioridade dos Estados Unidos, que coordenará suas ações estreitamente com a Turquia, afirmou Hillary.
Por fim, foi estabelecido um grupo de trabalho dos dois países no qual "terão um papel importante os serviços de espionagem e os militares", detalhou a secretária de Estado.
Hillary não entrou em detalhes a respeito das medidas que poderão ser tomadas, mas disse compartilhar com Ancara o temor de que o Partido de Trabalhadores do Curdistão (PKK) - a guerrilha curda que combate a Turquia - se beneficie de um possível vazio de poder na Síria.
"Sim, nos preocupa que o PKK e outros grupos terroristas se aproveitem do caos na Síria para promover seus próprios objetivos. A Síria não deve ser um refúgio para terroristas", declarou. Hillary afirmou também ter se reunido com ativistas da oposição síria, entre eles alguns que já recebiam ajuda dos Estados Unidos.
"Como vocês sabem, gastamos US$ 25 milhões em ajuda à sociedade civil, sobretudo para comunicação, mas não quero entrar em detalhes sobre como ajudamos, para não colocar em risco as pessoas neste momento", disse Hillary.
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