Em experimentos com ratos, pesquisadores concluíram que a suscetibilidade a este tipo de câncer é fortemente influenciada tanto pelo ferro, quanto por um gene chamado APC. Quando este gene é defeituoso, os ratos com alta ingestão de ferro se mostraram de duas a três vezes mais propensos a desenvolver a doença.
Ratos mantidos com uma dieta pobre em ferro mantiveram-se livres da doença mesmo quando o gene era defeituoso, mas quando ele funcionava normalmente, altos níveis de ferro não fizeram mal nenhum. Eles também descobriram que o ferro pode aumentar o número de células no intestino com essa deciência. “Quanto mais há células desse tipo no intestino, maior a chance de uma delas se tornarem o ponto de partida do câncer.
Para o professor Owen Sansom, do Cancer Research UK Institute, este foi um grande passo no entendimento sobre a formação de câncer no intestino. “O gene APC é defeituoso em cerca de oito a dez casos de câncer de intestino, mas até agora não sabíamos como isso causa a doença. Ficou claro que o ferro desempenha um papel crítico no controle do desenvolvimento da doença”, afirmou.
A cada ano, mais de 41 mil pessoas são diagnosticadas com este tipo de doença no Reino Unido, e 16 mil morrem pela causa. Pesquisadores estimavam que a carne vermelha contribui em cerca de 17 mil casos por ano. A nova descoberta pode ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos que possam “limpar” o ferro no intestino de pessoas que desenvolvem células afetadas por este gene defeituoso.
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