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Internacional
Terça - 14 de Agosto de 2012 às 16:23

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O nascimento de um menino na segunda-feira na cidade de Nablus, no norte da Cisjordânia, teve um significado especial para uma família de palestinos. O pai da criança é integrante do grupo Hamas e está preso em uma penitenciária israelense, onde visitas conjugais não são permitidas. Ele e a mulher não se veem há mais de 15 anos, no entanto desejavam ter um filho homem.

Para realizar o sonho, o casal conseguiu burlar a lei: o militante Ammar Ziben mandou uma amostra de sêmen para a esposa Dallal, que realizou uma inseminação artificial. A família não quis divulgar como conseguiu que o material fosse enviado da prisão para a clínica com segurança.

- A ideia foi do meu marido. Ele queria ter um bebê e deu um jeito para isso acontecer. Depois que o irmão, o pai e mãe dele foram mortos, a casa ficou vazia - conta a mãe.

O médico responsável pela inseminação artificial, Saalem Abu al-Kheizaran, contou que o material passou por um procedimento para que as chances de nascer um menino fossem maiores, o que de fato aconteceu.

- É um caso inédito aqui. É especial, pois o marido dela é um preso político condenado a anos de prisão - conta al-Kheizaran.

O casal palestino já tinha duas filhas. A primeira tinha um ano e meio quando o pai foi preso. A segunda nem era nascida, pois quando Ziben foi detido, Dallal estava grávida de cinco meses. O palestino cumpre sentença de 32 anos de prisão por ter participado do ataque a israelenses no mercado de Majane Yehuda, centro de Jerusalém. No atentado, realizado em 1997, 16 pessoas morreram.

O Serviço Penitenciário Israelense disse que não acreditava que Ziben tenha conseguido entregar o sêmen à mulher em uma das visitas à prisão. Segundo o órgão, todos os encontros com presos são “vigiados de perto”.






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