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Internacional
Quarta - 15 de Agosto de 2012 às 07:36

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Pesquisadores japoneses encontraram sinais de mutação em borboletas, sinalizando um dos primeiros indícios de que o ecossistema local sofreu mudanças após o acidente nuclear em Fukushima.

Joji Otaki, que liderou a pesquisa, recentemente publicada no Scientific Reports, coletou quase 400 espécimes de uma borboleta muito comum no Japão.

Nos resultados iniciais, 12% das borboletas mostraram sinais de anormalidades, como problemas em suas antenas, asas de menor porte, mudança nos padrões de cor e olhos recuados. Amostras coletadas seis meses depois foram ainda mais alarmantes: as mutações foram encontradas em 52% dos animais.

O pesquisador disse à NBC que está preocupado com os resultados do estudo.

— Desde que vi esses efeitos nas borboletas, é fácil imaginar que [o desastre] tenha afetado outras espécies também. É bastante claro que algo está errado com o ecossistema.

Otaki, no entanto, ressalta que as espécies apresentam diferente sensibilidade em relação à radiação e não é possível prever que o mesmo efeito ocorra nos seres humanos.

O desastre de Fukushima ocorreu após um terremoto de 9,0 graus de magnitude, em 11 de março de 2011, que gerou um tsunami que destruiu o sistema de refrigeração da usina. Três reatores sofreram colapso e liberaram radiação no meio ambiente.

borboleta mutante
Reprodução / larepubblica.it  Muitas mutações foram encontradas nos animais coletados na região próxima à Usina de Fukushima. Na imagem, uma das borboletas mutantes

exemplar saudavel
Este é um exemplar saudável da espécie coletada pelos pesquisadores japoneses. Crédito: larepubblica.it

mutacao borboleta
As mutações foram encontradas em 52% dos animais. Crédito: larepubblica.it





Fonte: Do R7

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