Sem propostas, policiais federais mantêm greve em Mato Grosso
Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal de Mato Grosso manterão a greve (iniciada no dia 7 de agosto) até a próxima semana, já que o governo federal adiou a apresentação da proposta - que deveria ter sido feita ontem - para terça-feira (21). "Nós vamos ficar paralisados até terça", garantiu o presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Mato Grosso, Erlon José de Souza, ao Só Notícias. Segundo ele, ontem a reunião com representantes do Ministério do Planejamento chegou a ocorrer, mas ficou "só na enrolação e não apresentou proposta nenhuma", destacou.
A reunião deve ocorrer novamente no Ministério do Planejamento, em Brasília (DF). De acordo com a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), representantes do Ministério sinalizaram que o governo estuda índices para todas as categorias do serviço público. Uma das reivindicações dos policiais, conforme Só Notícias informou, é a equiparação dos salários de agentes, escrivães e papiloscopitas (que variam entre R$ 7.514 a R$ 11.879 ) com a dos delegados e peritos ( que recebem entre R$ 13.368 a R$ 19.700). A categoria pede também pela reestruturação da carreira.
Segundo o presidente da Federação, Marcos Wink, a categoria espera que a proposta de reestruturação seja apresentada, pois as negociações já duram mais de dois anos. "Desde o início das negociações deixamos claro que queremos a reestruturação de nossa carreira e de nosso salário, por isso, qualquer índice de reajuste precisa estar acompanhado de uma proposta de reestruturação", explicou, por assessoria de imprensa.
Enquanto isto, os policiais federais de todo o país continuam em greve, fazendo os serviços de plantão para casos considerados graves. Em Mato Grosso, a emissão de passaporte está ocorrendo apenas para aquelas pessoas que já estavam com datas agendadas. Quem passa em frente da delegacia de Sinop, por exemplo, é informado da mobilização por uma faixa.
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