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Polícia
Quinta - 16 de Agosto de 2012 às 14:50

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O detento Emílio José Romanini, que executou o agente penitenciário Ricardo Zavagli, de 26 anos, com um tiro no pescoço na tarde desta quarta-feira (15) no Presídio de Guaxupé (MG), teria direito a progressão de pena e poderia passar para o regime-aberto em três meses. Ele foi condenado por furto e foi liberado para trabalhar por ser considerado um preso de bom comportamento.

Segundo o delegado Walter Tizianel Júnior, a atitude do detento surpreendeu, já que ele não era considerado perigoso. A polícia agora investiga a hipótese do detento ter sido levado a cometar o crime por pressão de outros presos.

O preso foi recapturado no início da noite desta quarta-feira depois de protagonizar uma fuga que poderia inspirar um roteiro de cinema. Primeiro, ele rendeu o agente no momento em que trabalhava com outros cinco presos em um aterro de entulhos. O agente fazia a escolta dos presos sozinho. Um caminhoneiro que fazia o transporte de material para o aterro também acabou sendo rendido pelo detento.

Agente penitenciário cursava o último ano de direito. (Foto: Reprodução)
Agente penitenciário cursava o último
ano de direito. (Foto: Reprodução)

Segundo o caminhoneiro, o preso pediu para que o agente entregasse o colete a prova de balas e caminhasse. Quando ouviu o disparo contra o agente, o caminhoneiro fugiu. Os outros presos que estavam no local não fugiram e esperaram a chegada da polícia.

Depois de atirar no agente, o detento fugiu na van que era usada pelo grupo, mesmo sem saber dirigir e acabou batendo o veículo. Segundo a polícia, ele então rendeu um outro caminhoneiro na rodovia e o obrigou a seguir no sentido a São Paulo. Em um determinado ponto, o preso trocou de roupa com o caminhoneiro e fugiu a pé. Pouco depois, ele foi preso pela polícia de São Paulo.

O agente penitenciário Ricardo Zavagli, de 26 anos, era recém-casado e cursava o último período da faculdade de direito. Em uma rede social, amigos deixaram orações, homenagens e comentários. As mensagens contam que o agente era uma pessoa querida, que acreditava na Justiça e na recuperação de pessoas com desvio de conduta.

O sepultamento do agente penitenciário está marcado para a tarde desta quinta-feira (16).






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