O requerimento para convocar Pagot foi aprovado pelos parlamentares depois que ele declarou, em entrevistas, que teria deixado o Dnit por pressão do grupo de Cachoeira.
Segundo Pagot, Cachoeira defendia interesses da empresa Delta no órgão. As investigações da Polícia Federal apontam que a Delta repassou dinheiro para empresas de fachada ligadas a Cachoeira, supostamente usado para pagamento de propina e caixa dois em campanhas.
O ex-diretor do Dnit afirmou também, em declarações à imprensa, que era procurado por diversos partidos para captar, junto a empreiteiras, doações ilegais para campanhas políticas.
O depoimento de Pagot é um dos mais esperados pelos parlamentares. A expectativa, entre os integrantes da CPI, é que ele, ao contrário de outros depoentes na CPI, responda às perguntas dos parlamentares.
O presidente da CPI, senador Viatl do Rêgo (PMDB-PB), afirmou nesta segunda-feira (27) que espera colaboração de Pagot para esclarecer o papel da Delta no esquema.
"Minha expectativa é que ele [Pagot] possa colaborar com o fato gerador desta CPI [...] Esperamos que ele entre nas relações da Delta. Ele era gestor de um departamento de obras e uma das empresas que investia era a Delta. Se ele quiser, ele pode colaborar muito com esta CPI”, disse Vital.
Empresário
O outro depoimento marcado para esta terça-feira é o do empresário paulista Adir Assad. Segundo o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo, o empresário paulista é suspeito de estar ligado ao esquema de Cachoeira.
Na noite desta segunda (27), Adir Assad conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o direito de ficar em silêncio na CPI.
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