Segundo o dirigente da confederação, o acordo com o governo prevê uma reavaliação sobre o corte de ponto e a reposição dos dias pardos. O acordo deve ser assinado na tarde desta quarta.
Segundo a confederação, aceitaram o acordo servidores da Saúde, Funasa, Previdência, Trabalho, Cultura, Fazenda, Funai, Agricultura, Arquivo Nacional, Imprensa Nacional, Museu do Índio, Planejamento, Justiça, Transportes, Embratur, Secretaria de Patrimônio da União, administrativos da Polícia Rodoviária Federal e Integração Nacional. A Condsef representa 80% do total de servidores do Executivo.
Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), órgãos que também integram o Condsef, decidiram não aceitar a oferta.
"Satisfeitos não estamos, a proposta é bem distante do pleito, mas o processo de negociação vai continuar", afirmou Sérgio Ronaldo, diretor da Condsef. "Acordo não significa que vamos ficar estagnados pelos próximos três anos."
Prazo termina hoje
Termina nesta terça o prazo dado pelo governo para assinatura de acordos. O governo ofereceu reajuste de 15,8% fatiado em três vezes até 2015.
A maioria dos servidores deixou a decisão para o último dia, entre eles a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF). O presidente da FenaPRF, Pedro Cavalcanti, disse que a categoria está "propensa a recusar" a oferta, já que, segundo ele, assinar o acordo em 2012 implicaria em passar os próximos três anos sem pleitear novos reajustes.
A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) informou que decidiu rejeitar a proposta e deve definir nesta quinta-feira (30), em uma assembleia geral extraordinária em Brasília, os rumos do movimento. "O governo conhece nossas reivindicações, sabe que não estamos lutando por índice de recomposição de perdas salariais, mas sim para sermos reconhecidos como carreira típica de estado de nível superior", diz o presidente da Fenapef, Marcos Wink.
Representantes da Sindicato do Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc-SN) assinaram nesta segunda acordo com o governo para por fim à greve da categoria, que durava desde o dia 6 de agosto. Segundo o Ministério do Planejamento, é o único acordo assinado até o momento.
Desde março, quando começou a campanha dos servidores por reajuste salarial, o governo diz ter participado de mais de 180 reuniões com mais de 30 sindicatos.
Servidores que tiveram dias não trabalhados descontados da folha de pagamento do mês de agosto, que será paga em 1º de setembro, poderão negociar com o governo sob a condição de encerrarem a paralisação.
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