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Política
Quarta - 29 de Agosto de 2012 às 16:59

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O senador (licenciado) Blairo Maggi (PR) criticou novamente nesta quarta-feira (29) a União pela cobrança de juros altos no pagamento de dívidas por estados e municípios. Na avaliação dele, trata-se de “agiotagem”. Mesmo licenciado, ele está no Senado hoje para acompanhar a apreciação da proposta do governo de Mato Grosso que prevê a contratação de operação de crédito externo junto ao Bank of America no valor de quase R$ 1 bilhão. A ideia surgiu na gestão de Maggi, quando governou o estado. Para o estado, trata-se de uma decisão histórica, além de inédita no país.

“A União cobra juros muito caros. A economia brasileira mudou, os juros caíram e a União não baixou os juros. Estávamos pagando juros de 16% até 25% ao ano. Isso é agiotagem. Como foi feito agora, a gente vai tomar o dinheiro emprestado fora e pagar a conta com a União”, disse Maggi, em entrevista ao Olhar Direto.

No entanto, o parlamentar frisou que o mais importante é que a Receita Corrente Líquida vai ficar menos comprometida com o pagamento da dívida – o percentual de 15% deve cair para 9%.

Idealizador da proposta, Maggi afirmou estar satisfeito. “Está dentro do esperado. Quando a gente tem uma ideia, a gente também não sabe como finalizá-la. Foi um longo aprendizado para o governo estadual, para a Secretaria Nacional do Tesouro, para a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Ninguém sabia como fazer isso e gastamos muito tempo em busca de autorizações e concordâncias; em algumas cláusulas do contrato, demoramos 30 dias para decidir sobre uma palavra”, disse Maggi.

No início, o governo pretendia vender a dívida total, calculada na época em R$ 5,2 bilhões, com a manutenção ou a redução dos juros e sem a indexação ao dólar, ao Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) e à Taxa Referencial (TR).

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou a proposta, que deve ser submetida ao plenário do Senado. Para Maggi e para integrantes da CAE, a proposta de Mato Grosso tende a ser multiplicada em todo o país. “Agora todo mundo já sabe, está fácil, é só pegar o caso de Mato Grosso e um agente financeiro que dê o dinheiro.”, disse o ex-governador.






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