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Nacional
Sexta - 31 de Agosto de 2012 às 13:54

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Nesta sexta-feira (31), novos depoimentos sobre a morte do empresário Sérgio Falcão estão previstos. A delegada Vilaneida Aguiar, que assume o caso a partir desta sexta, deve começar a ouvir parentes da vítima, além de porteiros do edifício. Na quinta (30), a polícia liberou as imagens das câmeras de segurança do prédio de luxo onde ele morava, na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Na gravação, vídeo ao lado, aparece toda a movimentação do homem que é apontado como suspeito de assassinar o empresário, encontrado morto em seu apartamento na terça-feira (28).

Foram 14 minutos de gravação. Às 14h06 o ex-segurança particular do empresário chega de moto em frente ao edifício 14 Bis. Com capacete na mão, o homem grisalho, de estatura mediana, aparentando idade entre 45 e 50 anos, pede autorização na portaria para entrar no prédio. Depois ele volta, pega a moto e entra na garagem. Ele entra no elevador social, demonstra ansiedade. Em seguida, o homem desce no décimo andar, onde fica o apartamento de Sérgio Falcão.

Depois de oito minutos, o ex-segurança sai do apartamento, esconde a arma, entra no elevador e volta para buscar o capacete que havia esquecido. Ele aparenta estar nervoso, passa a mão na cabeça algumas vezes, se atrapalha com os botões do elevador e força a porta para sair. Às 14h18 o ex-segurança vai do elevador direto para a garagem, procura a moto e não encontra. Ela estava na garagem do subsolo. Às 14h19 ele espera o portão de saída do prédio ser aberto, não dá para identificar a placa da moto e o suspeito vai embora às 14h20. Até agora o nome do suspeito não foi divulgado pela polícia. A expectativa é de que o ex-segurança, registrado pelas câmeras, se apresente à polícia até a segunda-feira (3).

Na quinta, a polícia ouviu a empregada doméstica que estava no apartamento quando o empresário levou o tiro. Ela afirmou que a vítima agiu de maneira diferente do habitual no dia de sua morte. O delegado Wagner Domingues disse que o depoimento da empregada auxiliou a saber quando aconteceu o fato, o comportamento da vítima, o relacionamento dela com outras pessoas e quem tinha acesso ao apartamento. A empregada informou em depoimento que no dia da morte ela teria ouvido um barulho que parecia com um móvel sendo arrastado e depois caindo, mas não teria dado importância. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Homicídio ou suicídio?
As duas hipóteses estão sendo estudadas pela polícia com igual peso. "É 50% para cada. A gente só vai poder definir que linha adotar depois dos laudos papiloscopistas e do Instituto de Criminalística, além de outros resultados da investigação. O trabalho da perícia é fundamental, os depoimentos também são importantes, mas nesse caso a gente precisa essencialmente das provas periciais", explicou o delegado Domingues.

Resultados preliminares da perícia do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB) dão conta de que os seis fragmentos de digitais encontrados no apartamento não eram da vítima. Os peritos devem apresentar em até dez dias o resultado do estudo para saber de quem são as digitais.

O laudo de resíduo de chumbo nas mãos da vítima já foi feito, mas o Instituto de Criminalística (IC) afirmou que só vai fornecer o resultado quando terminar os outros estudos que estão sendo feitos para desvendar o que aconteceu no apartamento. O laudo do IC deve levar ainda 15 dias para ser divulgado. A arma do crime ainda não foi encontrada.

O caso
O empresário Sérgio Barros Falcão foi encontrado morto em seu apartamento, na Avenida Boa Viagem, área nobre da Zona Sul do Recife, no começo da tarde da terça (28). As câmeras de segurança do prédio mostraram o ex-segurança do empresário, um policial militar reformado, chegando de moto ao local e subindo para o apartamento.

A empregada, que estava na casa, disse à polícia que foi trancada na cozinha e ouviu uma discussão e um barulho que, a princípio, não associou a tiro. As câmeras mostraram também o ex-segurança deixando o apartamento e colocando uma pistola na cintura.

O corpo foi enterrado no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife, nesta quarta (29). A família pediu que os jornalistas ficassem distantes.

Sérgio era dono da construtora Falcão, com atuação em Pernambuco e Alagoas, empresa que, segundo a polícia, vinha atravessando problemas financeiros.





Fonte: Do G1 PE

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