A substância é um analgésico potente e era receitado para mulheres grávidas para combater os enjoos matinais. Por causa dele, milhares de crianças nasceram com braços e pernas bem mais curtos, ou então sem os membros. Também foram registrados problemas na formação dos olhos, ouvidos, da genitália e de órgãos internos dos bebês.
“Pedimos o perdão por não termos encontrado uma maneira de chegar até vocês ser humano por ser humano ao longo dos últimos 50 anos”, afirmou Harald Stock, chefe-executivo do grupo alemão Grünenthal, que produzia o medicamento.
“Pedimos que encarem nosso longo silêncio como um sinal do choque que o destino de vocês causou em nós”, completou.
Representantes alemães das vítimas do medicamento consideraram que o pedido de desculpas veio tarde demais e ainda não é o suficiente. “O que precisamos são outras coisas”, afirmou Ilonka Stebritz, da Associação de Vítimas do Contergan – nome comercial do medicamento na Alemanha.
Apesar de não ser consumida por grávidas desde 1961, a talidomida ainda é vendida hoje. No entanto, é usada contra o mieloma múltiplo, um câncer na medula óssea. Também se estuda a possibilidade de utilizá-la contra a Aids, a artrite e outros tipos de câncer.
Comentários