Desde outubro, está proibida a venda de derivados de anfetamina, usados para emagrecer. Só a venda da sibutramina, um remédio que tira a fome é que continua liberada, mesmo assim, com restrições.
Médicos e pacientes têm que assinar um documento no qual se responsabilizam pelo uso do remédio. A cópia da farmácia é enviada à Anvisa. O rigor é porque esses medicamentos têm contraindicações.
“O risco maior da sibutramina existe nos pacientes onde ela é contraindicada, em cardiopatas, ou pacientes com arritmia cardíaca. Se ele não for ao médico, ele não vai saber que tem arritmia”, explica a médica Nina Rosa de Castro Musolino, Sociedade Brasileira de Endocrinologia.
Até sem sair de casa, com alguns cliques, é fácil achar medicamentos. Nós ligamos para um desses fornecedores, que tinha remédios para emagrecer.
- Eu tenho a sibutramina de 15 miligramas e 10 miligramas. Eu trabalho num hospital, mas não sou médica. Os remédios eu consigo.
Ela diz que envia a encomenda pelo correio depois de receber um depósito bancário.
- Com receita eu não trabalho não.
A venda de remédios sem receita pela internet preocupa a Anvisa. O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária diz que monitora com a Polícia federal esse mercado. Mas reconhece que tem dificuldades.
“Normalmente sites são hospedados fora do Brasil. São quadrilhas muitas vezes muito organizadas. E pra poder agir. Na medida em que você tira um site do ar, a facilidade de colocar outro é muito rápida”, afirma Dirceu Barbano, diretor pres. ANVISA.
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