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Polícia
Domingo - 02 de Setembro de 2012 às 10:18

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As investigações da fuga em massa da Penitenciária Central do Estado ocorrida na madrugada do dia 20 de agosto apontam que apenas cinco presos deveriam fugir – quatro deles, pertencente a quadrilha de assalto a banco na modalidade “Novo Cangaço” (quando funcionários ou clientes de bancos são feitos escudos humanos). Os demais 30 detentos foram contratados para servir de uma espécie de barreira humana que impediria a segurança da unidade de atirar.

Com a estratégia, eles ainda conseguiram desviar a atenção dos policiais nas buscas, facilitando a saída deles da Capital. Nas celas, policiais da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) encontraram uma lista de pagamento. Mostrava o nome dos presos e um sinal de “certo”, mas não indicava o valor de cada um. Os policiais, no entanto, não têm certeza que se trata do pagamento da fuga. “Pode ser pagamento de droga, bebida ou mesmo da fuga”, observou um dos policiais.

Os policiais investigam a informação de que o “custo” da fuga girou em torno de R$ 500 mil – entre pagamento de facilitação e também o apoio logístico incluindo avião para a fuga. Eles adiantaram que é muito difícil provar pagamento algum.

O plano de fuga, discutido dias antes na casa de uma advogada num bairro de classe média perto da penitenciária, previa a sincronia entre o tempo da fuga das celas do raio 3 com a explosão de parte do muro. Assim que o muro fosse pelos ares, os cinco presos mais os 30 figurantes já deveria estar próximos.

Segundo o delegado Gianmarco Pacolla Capoani, responsável pelas investigações, as imagens do circuito interno mostra que os presos fugiram das celas no esquema “cavalo louco”. “Mostra de forma clara que os presos fugiram de uma vez, no esquema cavalo louco, correndo em direção ao muro”, explicou. A cerca da quadra foi escalada pelos detentos. Assim que houve a explosão, os presos já estavam próximo ao muro e fugiram para a rua.

Do lado de fora, dois jovens aparentando ser adolescentes chegaram de bicicleta. Instalaram o explosivo e, em seguida, pegaram carona num carro que passou. Segundos depois, o muro explodiu. Os presos fugiram e oito veículos – sendo três automóveis e cinco motocicletas.

Os policiais vão querer saber o motivo dos agentes prisionais estarem na torre e que circulam no corredor entre as torres não terem visto toda a movimentação.

O delegado adiantou que ao menos 20 pessoas estão envolvidas com o planejamento e execução da fuga, incluindo os quatro presos da quadrilha do “Novo Cangaço”.
 






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