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Economia
Domingo - 02 de Setembro de 2012 às 13:28

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Empresários atentos investem cada vez mais a ideia de produzir moda para o segmento de tamanho GG.

No ABC Paulista, uma confecção de biquínis se especializou em produzir modelos para os corpos mais cheinhos. Na tradicional rua das noivas, na capital paulista, vestidos GG já estão nas vitrines.

Do PP ao GG. O charme é do tamanho de quem usa. No mercado da moda não tem mais essa de cheinha ou magrinha: as mulheres estão cada vez mais exigentes com o visual e precisam é de roupas do tamanho da vaidade delas.

A empresária Karin Funicelli é especialista em vestir este tipo de público. Karin é dona de uma confecção de moda praia voltada para mulheres com manequins maiores, conhecidos como plus size.

“Nós já trabalhávamos com o público diferenciado, mulheres que tinham dificuldade de encontrar porque têm um peito maior, um quadril maior. Então, nós já fomos nos especializando nisso, e de uns tempos para cá, elas vêm ficando bem mais exigentes, sofisticadas. Então o mercado tem crescido, a procura tem sido bem maior sim”, diz a empresária Karin Funicelli.

A confecção funciona em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Karin trabalha com uma equipe de 15 funcionárias. Todo o processo é feito aqui. Da criação das peças, desenhadas pela modelista, até as etapas de corte e costura dos tecidos.

Os modelos tamanho GG fazem um sucesso enorme, são mais de 30 opções entre biquínis e maiôs que encantam as mulheres mais cheinhas. Para atender a esse público exigente, a empresária teve que ousar e caprichar na criatividade com peças coloridas com modelagens diferenciadas e detalhes exclusivos.

“O tamanho é muito importante, mas não é só o tamanho. As peças têm que ter toda uma estrutura para modelar, para deixar a mulher realmente mais bonita, então o recorte é importante, a alça ser mais larga mais estruturada. (...) É a parte das costas se vai esconder gordurinha, tudo isso tem que ser pensando e analisado também.”

A empresa produz 5 mil peças por mês, do tamanho 38 ao 56. Os manequins extragrande representam 80% do negócio. Funicelli vende as peças no atacado para todo país e em loja própria. Os preços dos maiôs, no varejo, custam a partir de R$ 100, e, o dos biquinis, a partir de R$ 110 o conjunto.

Ana Carolina usa manequim 48 e está sempre de olho nas novidades da loja. Ela encontra peças que agradam o gosto e servem no corpo.

“Dá pra você ficar cheinha com e estilo. (...) Em qualquer loja de shopping você consegue biquíni pequeno, mas um pouquinho mais gordo é difícil e esses daqui são bem confortáveis”, afirmou.

O faturamento da empresa é de R$ 1,2 milhão por ano. E a empresária quer mais. “Para este ano a gente pretende crescer 10% com relação ao que a gente vendeu para esse público plus size no ano passado."

Para a especialista Renata Poskus, que organiza o principal evento de moda do setor, o número de mulheres com manequim acima do tamanho 44, tem crescido no Brasil, o que gera novos negócios.

“Eu fiz um levantamento só em SP, a gente tem mais de 200 confecções que fabricam moda GG, mais ainda tem um público muito carente de moda plus size no Brasil. É um bom investimento”.

Noivas

E foi de olho nas mulheres com manequim tamanho GG que a empresária Tina Lima conseguiu encontrar um jeito de se destacar no mercado muito competitivo: o de noivas.

“Eu só estava esperando o momento financeiro porque eu sabia que era um investimento alto. Eu vou criar uma coleção porque exige uma coleção grande, o custo é elevado, revista, publicidade, etc. Seis meses atrás eu decidi investir no negócio do plus size”, diz.

Para desenvolver a coleção tamanho, a empresária investiu R$ 70 mil. Ela trabalha com vestidos pronta-entrega ou feitos sob medida.

A estilista Rosi Ileska é quem desenha os modelos e faz o atendimento personalizado das clientes.

“É um atendimento bem abrangente (...). Colocando a vestido e mostrando para ela que é possível, sim, além das medidas ela ficar divina, maravilhosa, até mesmo na ousadia de um vestido sereia”, afirma.

Denise Vasconcelos veste manequim 52. Ela escolheu um modelo tomara que caia com uma capa de renda. Para ela, os quilinhos a mais não atrapalharam o sonho de ficar linda num vestido de noiva.

“Você comprando do seu tamanho, que sirva, fica bonito. A gente vê às vezes a pessoa esta mal vestida não porque a roupa não é boa, não é do tamanho dela (...). Às vezes compra dois números menores porque não aceita que engordou acaba ficando desconfortável”, opina.

Flávia Leles também gostou do resultado. Até encontrar o vestido ideal, experimentou vários. Ela optou por um com direito a cintura marcada. “Eu encontrei o vestido de acordo com o meu corpo que me deixou bonita e sensual também”, afirma.

Tina está otimista com o novo público e acredita num aumento de 20% nas vendas até o fim do ano. “É um grande sonho e todas podem sonhar independente de suas medidas”, afirma.






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