O vereador de Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá, Maximino Vanzella (DEM), teve o mandato cassado nesta segunda-feira (03) durante sessão da Câmara Municipal. Dos 10 parlamentares que votaram, oito foram favoráveis à cassação e um se absteve. O parlamentar foi investigado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) por supostos indícios de participação em um falso atentado contra um suplente na tentativa de incriminar outro vereador.
Na sessão, a defesa do vereador alegou que não havia provas e nem elementos suficientes que pudessem comprovar o envolvimento dele no crime. No entanto, a maioria dos parlamentares concluiu que Vanzella disponibilizou seu escritório para uma reunião que planejou o falso atentado e que a conduta era incompatível com a função de vereador.
Além disso, o entendimento em dois de quatro quesitos do relatório da CPI que foram analisados na sessão foi unânime contra o vereador. Todos os veredores decidiram que ele deveria perder o mandato por supostamente participar e contribuir com opiniões e ideias para tramar a simulação de atentado contra um vereador que assumiu o cargo com a cassação de um ex-presidente da Casa de Leis, que também teve o mandato cassado no ano passado.
Alguns vereadores também entenderam que Vanzella junto com outros dois parlamentares teriam proposto a um homem a execução do suposto atentado em troca de emprego, bem como que teria pedido para alguém ligar para esse homem e especificasse sobre a contratação de dois pistoleiros pelo valor de R$ 20 mil para efetuar disparos na casa do suplente.
Apesar de Vanzella não ter comparecido à sessão, a presidente da Câmara Marisa Netto disse que como ele não justificou a ausência o relatório seria votado. Na semana passada, o julgamento já havia sido adiado porque o vereador tinha apresentado um atestado médico justificando a ausência.
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