Advogado de Julier diz que acusações têm viés político
Marcos Bergamasco/Agência Phocus |
Advogado de defesa do juiz federal Julier Sebastião da Silva, Fernando Henrique Ferreira Nogueira classificou como política a inclusão do magistrado entre os investigados da segunda fase da operação “Ararath”. O defensor afirmou que nos autos do processo não há nenhum fundamento que justifique a expedição de mandados de busca e apreensão, cumpridos nesta segunda-feira (25).
Nogueira pontua que a ação tem viés político, uma vez que Julier já se colocou como pré-candidato às eleições do ano que vem. “É importante observar que a solicitação da Polícia Federal foi negada por três vezes pelo Tribunal Regional Federal, dada a ausência de materialidade nos autos”.
Neste sentido, destaca o advogado, existe a possibilidade que a citação do magistrado como investigado na operação seja uma tentativa de “arranhar” a imagem de Julier, “já que o magistrado, sobretudo por seu histórico de serviços prestados à sociedade mato-grossense, e sua postura ética e ilibada, é ventilado como possível candidato”.
Por fim, o advogado sustenta que até o final das investigações irá conseguir provar a inocência de Julier.
Os agentes da Polícia Federal cumpriram, na segunda, 7 mandados de busca e apreensão. Destas diligências, duas envolvem Julier e foram cumpridas na casa e no gabinete do magistrado.
O nome de Julier apareceu nas investigações em 2011, após diversas interceptações telefônicas. Em março do ano passado, o desembargador federal Paulo Pires da Cunha desmembrou o processo e remeteu a parte que envolve o magistrado ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). A medida foi tomada pelo fato de Julier ter foro privilegiado.
Além dele, o presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran/MT), Giancarlo Castrillon também está envolvido com as investigações. Outras duas pessoas foram alvo desta ação, o empresário Osvaldo Alves Cabral e o ex-dono de uma construtora.
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