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Política
Quarta - 05 de Setembro de 2012 às 09:48

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Mobilidade urbana e saúde e saneamento foram os temas mais destacados com propostas mais claras durante o primeiro debate entre os candidatos a prefeito de Cuiabá, nesta terça-feira no Unirondon Centro Universitário, com duração de uma hora.

Por conta de compromissos já agendados e opção de campanha, metade dos 6 concorrentes não participram. Lúdio Cabral (PT) enviou seu candidato a vice, Francisco Faiad (PMDB), e acompanhou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha em comício no bairro Osmar Cabral. A assessoria de Mauro Mendes (PSB) não informou motivo da sua ausência e o procurador Mauro César Lara Barros (PSOL) informou que só participará de três debates televisos agendados anteriormente.

A primeira pergunta comum aos concorrentes mostrou a preocupação da comunidade universitária com o tema do trânsito e transporte urbanos, um dos problemas de Cuiabá, pois em 20 anos a cidade saiu de 77 mil veículos para cerca de 320 mil.

As respostas foram feitas segundo sorteio, com um minuto e meio para os candidatos falarem.
O vice do médico Lúdio, advogado Faiad foi o primeiro a responder ao questionamento de que todos os dias trafegam na região universitária da avenida Beira Rio, cerca de 100 mil pessoas e qual era em termos de mobilidade o que o candidato tinha planejado para melhorar a acessibilidade dos Jardim Europa e Grande Terceiro.

"Temos aqui próximo à Beira Rio, o entroncamento com avenida Fernando Corrêa, que será totalmente modificada com a passagem do VLT. Haverá criação de nova ponte no final da Beira Rio sobre o rio Coxipó. Vamos diminuir o tráfego de ônibus, que será substituído pelos trens", sugeriu Faiad ao lembrar a "revolução" com a aliança entre o governo federal e estadual.

Brito foi o segundo a responder o tópico, após lamentar a ausência de Lúdio e Mauro. "Mobilidade vai além de trânsito e veículos. Temos como proposta a avenida Parque do Barbado, para permitir o encontro daqui da Ponte Sérgio Motta até ao Shopping Pantanal. Uma luta antiga nossa, como vereador, como diretor da Agecopa", propôs ações previstas com ação dos governos federal e estadual.

"Temos também no nosso plano de governo o Complexo Viário da região Porto. Temos que entender mobilidade como sistema. Não será o único modal, BRT e VLT que resolverá. Vou lutar pelo viaduto na cabeceira da avenida Beira Rio, próximo aqui à ponte Sérgio Motta e a ponte sobre o rio Coxipó, no bairro Parque Atalaia".

Responsabilidade da prefeitura

O candidato do PSDB, Guilherme Maluf, se disse honesto e foi direto e curto sobre a pergunta da mobilidade urbana. "Não acredito que a Prefeitura tem condições financeiras para fazer nenhum desses corredores. Isso é responsabilidade dos governos federal e estadual. Temos é que melhorar a qualidade de nossos ônibus, a assiduidade, fiscalizar as rotas. O prefeito, pode, dentro de sua competência e plano estimular o transporte coletivo, ciclovia em detrimento de transporte individual".

O último a responder, de acordo com a ordem do sorteio, o candidato Adolfo Grassi, do Partido Pátria Livre (PPL), retrucou Maluf sobre o tema. "Diferente do Maluf, entendo que temos que aproveitar o VLT, que fará Cuiabá ter outra realidade", disse. "Teremos sim um corredor sim, saindo do (Terminal) Maggi , fazendo um anel viário pela cidade, fazendo outro ponto de encontro com o VLT. Vamos usar ônibus articulado para fazer um transporte mais humano", respondeu o concorrente em um microfone com som ruim.

Saúde e saneamento

As perguntas formuladas sobre saúde, educação e saneamento abriram a fase do debate de questionamentos entre os candidatos, no segundo e terceiros blocos do encontro.

Carlos Brito inaugurou a etapa, ao perguntar a respeito de saneamento para Maluf sobre as intervenções do seu plano de governo para as áreas centrais e bairros de Cuiabá.

O candidato do PSDB informou que muitos córregos de Cuiabá têm assoreamento e precisam de políticas específicas. "Os projetos vão variar muito de acordo com as bacias. Haverá prioridade nossa com a nova concessão de nova empresa de água e saneamento (CAB Ambiental). Todas as intervenções serão realizadas pela empresa da concessão e não pela prefeitura, que antes tinha domínio do saneamento", explicou Maluf.

Brito discordou com o tucano. "Cuiabá tem um plano municipal de saneamento. A concessionária não é dona. A prefeitura tem que cobrar para em 3 anos universalizar o fornecimento de água e em 10 anos o tratamento de esgoto", cobrou.

"Como diretor da Agecopa, deixamos projetos prontos para fazer ao longo da avenida Prainha. Nos bairrose em toda a cidade, teremos fiscalização firme em cima da CAB, ela tem palno e deve fazer. Se necessário, pode ampliar recursos", rebateu Brito.

Como tema ligado aos saneamento, a questão sobre saúde foi outra de relevância no questionamento entre candidatos. O vice de Lúdio, Faiad, perguntou a Brito quais propostas que o candidato tem para abrir as portas do Pronto Socorro para a população e sair a saúde municipal da péssima condição em que se encontra.
Brito propôs que deve-se fazer funcionar o que existe e que o Sistema Unificado de Saúde (SUS) tem problemas em todo o Brasil.

"Vamos cobrar do governo do Estado suas obrigações, para que construa hospitais da sua responsabilidade e faça funcionar o Samu e Centro Reabilitação, que está bastante grave", cutucou o aliado da chapa de Faiad, o governador Silval Barbosa (PMDB).

"Espero que não continue nessa esperança de alinhamento do governo federal e estadual para resolver o problema da saúde e outros. Não se pode deixar o povo padecer e esperar que a população concorde com este e aquele para ter saúde. Este tipo de coronelismo não cabe mais", criticou Brito sobre estratégia de campanha do PT-PMDB em vincular melhorias para a população o alinhamento dos governos federal, estadual e municipal.

Brito se disse ainda contra as Organizações Sociais de Saúde (OSSs), da forma como implementa política no setor em Mato Grosso. Ele sugeriu contratação de médicos, com cumprimento de horário.

Repasse de recursos

Faiad tratou de defender o patrimônio políticos dos governos sobre a saúde. Ele afirmou que a proposta da chapa pe fazer Cuiabá girar políticas do setor de modo autônomo. "O Estado repassa R$ 3,6 milhões por mês para Cuiabá, sendo R$ 2,4 milhões para a rede conveniada, como Santa Casa). A União (governo federal) investe R$ 16 milhões por mês na saúde em Cuiabá e, infelizmente o Pronto Socorro continua de portas fechadas. Nossa proposta ainda é fazer a construção de Unidades de Pronto Atencimento (UPAs), para funcionar das 7h às 22 horas", descreve.

Adolfo Grassi, em outra parte do debate quando o tema saúde voltou à roda, criticou o quadro atual da saúde e seus planos para o setor.

"Tem muito dinheiro na saúde. O que não tem é gestão. A saúde em nossa cidade está na mão de 3 a 4 pessoas. Através de OSSs e manobras, o dinheiro sai e não chega ao usuário. Defendemos o SUS. O dinheiro não é aplicado de forma correta. Aí está o ralo sem fundo, o saco sem fundo", provocou Maluf ao seu lado, que é empresário do setor e médico.

"Nós temos que fazer gestão, mas aplicando de forma correta, a favor do interesse coletivo. A saúde tem dinheiro para ter um Pronto Socorro digno. Saúde tem dinheiro para fazer leito suficiente , segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)", lembrou.

Os candidatos também debateram temas da educação, legado da Copa do Mundo em Cuiabá e práticas desportivas, assim como mecanismos de controle de corrupção na administração pública.

Além de segurança pública, com propostas sobre ronda universitária e escolar, e criação específica de secretarias para monitorar e aplicar políticas públicas para o setor.






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