Guerra afirmou que os “principais representantes” do PT se valem da máquina pública “para atacar adversários, tentar reduzir o desgaste sofrido pelo avanço das condenações no julgamento do mensalão e ainda beneficiar os candidatos da base aliada nas eleições municipais deste ano”.
De acordo com Sérgio Guerra, seu partido usará “meios legais” contra a presidente e denunciará o “uso indevido e eleitoral” do pronunciamento.
Durante o pronunciamento dedicado ao Dia da Independência, exibido nesta quinta-feira (6), Dilma defendeu o plano de concessões do setor de transportes elaborado pelo seu governo e o comparou às privatizações de ferrovias promovidas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, embora não tenha feito referência direta a FHC nem ao seu partido.
“Acabamos de assinar um conjunto de medidas que vai provocar no médio e no longo prazo uma verdadeira revolução no setor de transporte”, disse a presidente. “Ao contrário do antigo e questionável modelo de privatização de ferrovias que torrou o patrimônio público para pagar dívida e ainda terminou por gerar monopólios, privilégios, frete elevado e baixa eficiência”, afirmou durante o pronunciamento. (Veja no vídeo ao lado).
“A presidente Dilma se valeu da prerrogativa de convocar uma cadeia nacional de rádio e TV para atacar a política de privatizações adotada pelo governo tucano do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como se seu governo não tivesse aderido à mesma tese para garantir a retomada do crescimento da economia brasileira e obras indispensáveis para a infraestrutura do país”, afirmou o presidente tucano.
O G1 consultou a assessoria de imprensa da Presidência sobre a declaração de Guerra e não obteve resposta.
Sérgio Guerra afirmou ainda que o PT vem registrando um “desempenho sofrível” nas eleições municipais e lembrou que a redução de tarifas de energia anunciadas por Dilma durante o pronunciamento só serão implantadas no ano que vem.
Dilma anunciou que, a partir do início de 2013, a conta de energia elétrica terá redução média de 16,2% para o consumidor doméstico e de até 28% para a indústria.
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