Um homem se jogou da altura de cerca de 30 metros, de uma torre de telefonia celular, no bairro Cidade Alta, em Cáceres (225 Km a oeste de Cuiabá). O suicídio ocorreu nesta terça-feira (11), por volta das 8h. Desde as 6h30, a equipe do Corpo de Bombeiros tentava fazer com que o homem desistisse da ideia de pular. Apesar do pedido da esposa e de um sargento dos Bombeiros, Henrique José Paiva da Silva, 51 anos, conhecido como "Ceará", pulou.
Antes de chegar ao solo ele ainda caiu em cima de um contêiner da empresa. No impacto da queda sofreu traumatismo no tórax, face e hemorragia interna. Após duas horas de tentativas, a equipe dos Bombeiros ficou extremamente frustrada. Atenderam rapidamente a vítima, com massagem cardíaca e ventilação. Mesmo diante do quadro, o Corpo de Bombeiros o socorreu, levando-o para o Hospital Regional. Mas com órgãos internos rompidos e com agravamento pelas hemorragias, ele não resistiu.
O bombeiro que se aproximou de Henrique no alto da torre, disse que ele falava palavras desconexas. E, que sempre se referia aos filhos. Revelou que não pode aproximar mais do que 5 metros porque ele ameaçava se jogar a todo instante, até que cumpriu o que prometia. Conforme a esposa, Henrique Paiva, há vários dias apresentava quadro de depressão.
A rua ficou cheia de pessoas, que passavam a todo momento pelo local e paravam para ver a movimentação dos bombeiros. Amigos foram ao local conversar com o ‘Ceará’, para tentar demovê-lo de tal insistência para a tragédia fatal.
A última tentativa de fazer com que desistisse, aconteceu quando a esposa chegou ao local, ela pedia lacrimejando para que ele não fizesse aquilo, o pedido era uma súplica, “pois o amor entre eles tinha que ser maior que toda aquela situação, além do que, a família era o mais importante”, disse chorando.
O incidente causou comoção, inclusive, à equipe do Corpo de Bombeiros. O militar que conversou com ele, segundos antes da queda, não conteve as lágrimas por não conseguir evitar a morte. Henrique José de Paiva era bastante conhecido, em Cáceres. Ele trabalhou como montador de móveis, na City Lar e na Gazin. Era ciclista nos finais de semana.
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