Segundo o relato da menor à polícia, ela teria feito contato com um dos seguranças do local ao passar mal durante a balada, que se prontificou a levá-la para uma enfermaria. A menina compareceu com uma testemunha ao 1º DP de Santos para registrar o boletim de ocorrência sobre o caso no domingo (9).
Segundo o documento, a menor teria sido encontrada dentro de um banheiro para deficientes físicos dentro do estabelecimento, com a calça abaixada e sentindo dores. A adolescente foi removida de ambulância do local para um pronto-socorro.
A delegada Deborah Perez Lazaro confirma os resultados do laudo do IML. “Ela sofreu conjunção carnal e também coito anal. Além disso, ela também apresenta vestígios de lesões corporais.”
Além da vítima, a polícia já ouviu testemunhas e pessoas que a acompanhavam na casa noturna. “Agora vamos ouvir o proprietário da casa noturna e vamos obter a relação dos seguranças”, afirma a delegada.
Blusa que teria sido usada no dia do crime foi
entregue à polícia (Foto: Jonatas Oliveira/G1)
Segundo a polícia, a adolescente não poderia estar na casa noturna por ser menor de idade. “Ela foi a casa noturna com uma amiga, não foi pedido o RG a ela, ela entrou, ela tem 17 anos, e lá ela conheceu o suposto autor do crime, se identificou e é realmente o segurança da casa. Ela acordou em um dos banheiros da casa noturna, com a calça arreada, toda machucada, inclusive na boca e no queixo, e aí ela foi socorrida e foi feita a ocorrência policial. A casa também é responsável, porque menores não podem frequentar casas noturnas, então eles serão penalizados num crime do estatuto da criança e do adolescente”, diz Deborah.
A advogada Renata Medeiros, que representa a casa noturna, diz que a empresa vai colaborar nas investigações. "A gente quer ir até o final. Se for comprovado que aconteceu o crime, o autor tem que ser penalizado. E a empresa está disposta a arcar com tudo que for necessário para a vítima, já que esse crime aconteceu dentro da casa".
Na segunda-feira (10), a Prefeitura de Santos suspendeu o funcionamento do estabelecimento devido a irregularidades apontadas em vistoria feita pela Secretaria Municipal de Economia e Finanças. Segundo o órgão municipal, o estabelecimento solicitou em sua documentação alvará de funcionamento para atividade de bar, mas estava exercendo, na prática, a atividade de casa noturna.
O estabelecimento só voltará a funcionar após regularizar a documentação junto à prefeitura. Segundo a advogada, a mudança na documentação já foi feita. "A prefeitura pediu que fizéssemos uma mudança , fizemos uma mudança e o documento já está em mãos", afirma.
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