Segundo a mãe das crianças, a secretária Cristiana Texeira, de 33 anos, a filha dela, Heloísa Teixeira, teria ido buscar o irmão, Heitor Teixeira, que estuda na Escola Estadual Antonio Joaquim de Carvalho, no bairro Jardim Morumbi. Por volta das 11h30, os dois voltavam para casa quando aconteceu o ataque.
A menina contou ao G1 que, ao passar em frente a uma casa, escutou um forte barulho e de repente viu o cachorro arrombar o portão de madeira e correr na direção da primeira criança que encontrou. “Eu comecei a gritar no meio da rua. Ele pulou em cima do meu irmão, então eu comecei a chutar. Na hora eu não tive medo, nem pensei nisso, só queria tirar meu irmão de lá”, disse.
Menino de oito anos ficou ferido na cabeça com as
mordidas do pit bull (Foto: Arquivo pessoal)
A menina relatou ainda que gritava enquanto chutava o animal, o que pode ter assustado o cão. Ele parou de atacar o irmão dela e voltou para dentro da casa. A residência abriga uma república de estudantes, segundo a mãe das crianças.
Susto
A secretária disse que ficou desesperada quando a filha ligou para ela para pedir ajuda. “Fiquei desesperada com a notícia, porque a gente sabe como é o ataque de um pit bull. E esse desespero aumentou quando cheguei na escola e vi meu filho todo ensanguentado”, contou.
O diretor da escola prestou os primeiros socorros ao menino e a mãe e um tio o levaram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Xavier. O garoto foi medicado e liberado no mesmo dia. Heitor levou dois pontos na cabeça. Também ficou ferido nas costas e na mão esquerda.
“Ele está assustado e reclama um pouco da dor. Mas está se recuperando bem. Já a minha filha passou pelo pediatra e precisou tomar calmante, porque ela chorou o dia todo”, relatou.
Heitor foi derrubado pelo cão e machucou várias
partes do corpo (Foto: Arquivo pessoal)
Cristiana afirmou que, mesmo correndo risco, a filha foi muito corajosa e que em seu lugar teria feito o mesmo. A mãe disse que o filho está com medo e não quer mais ir à escola andando, portanto, as crianças utilização o transporte escolar a partir da próxima semana.
Assistência
A mãe das crianças afirmou que não pretende tomar nenhuma medida contra os estudantes que moram na república de onde o pit bull escapou. “É uma situação terrível, na hora a gente pensa em tudo, mas não pretendo processá-los”, declarou.
Segundo ela, os estudantes pagaram todas as despesas médicas do menino. Já o cão deverá ficar sob observação por sete dias.
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