A assessoria do hospital também informou ao G1 que a data para a operação ainda não foi definida por conta da complexidade do caso. Porém, ainda segundo a unidade hospitalar, a previsão dos médicos é que a cirurgia deva ocorrer já a partir da próxima semana.
Mãe de bebês siamesas garante estar preocupada com a cirurgia (Foto: Marcelo Ferraz/G1MT)
Os irmãos nasceram unidos pelo abdômen e estão com oito meses de vida. O pai dos siameses afirma estar ansioso para a cirurgia. Apesar de o tratamento ser oferecido gratuitamente em um hospital universitário em São Paulo, ele reforça que a preocupação se dá pelas dificuldades financeiras que a família enfrenta para custear as despesas durante o período pré-operatório dos filhos.
Ele conta que trabalha como frentista em um posto de combustível da cidade, recebe apenas R$ 700 por mês para sustentar a família e a esposa não pode trabalhar para cuidar das crianças. O frentista relatou que desde a segunda-feira está dormindo no hospital junto com a esposa Lorraine Monteiro para acompanhar os filhos. “Não temos dinheiro para ficar dormindo ou comendo fora. Estamos ficando o tempo todo aqui no hospital mesmo”, declarou.
Lorraine, de 16 anos, também garante que está com muito receio da cirurgia devido os riscos que as crianças correm. A mãe declarou que, inicialmente, não queria que os filhos realizassem a operação, mas resolveu aceitar a possibilidade após conhecer outros casos em que o procedimento deu certo. “Depois que conheci umas crianças que fizeram a cirurgia e estão bem, acabei aceitando. Estou muito ansiosa, com medo, mas se Deus quiser vai dar tudo certo”, afirmou.
Siameses estão com oito meses e são unidos pelo abdômen. (Foto: Reprodução/ TVCA)
União
No dia 28 de março deste ano, os bebês passaram por um procedimento para a retirada de uma hérnia no intestino, no Hospital das Clínicas. Os gêmeos são unidos da cintura para baixo, têm braços independentes, mas possuem apenas duas pernas.
A deficiência foi descoberta durante os três meses de gravidez da mãe das crianças. Quando foi identificado que os bebês estavam sendo formados juntos, a família que morava em Juara, a 690 quilômetros da capital, resolveu se mudar para Primavera do Leste. “Lá em Juara não tinha médico que pudesse acompanhar a gravidez. Então, viemos para Primavera, mas os médicos daqui encaminharam a minha mulher para São Paulo”, afirmou Celso, ao falar sobre a complexidade do caso.
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