Mais um operário teve o corpo atravessado por um vergalhão e sobreviveu, no Rio. Francisco Bento Barroso, de 47 anos, trabalhava numa obra na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, por volta das 13h, quando caiu sobre a barra de ferro, que atravessou seu pescoço. Ele teria ficado pendurado pelo vergalhão entre dois muros, sendo socorrido por colegas. Francisco chegou ao Hospital Miguel Couto, na Gávea, conversando com os bombeiros.
- Ele tentou retirar a barra, mas foi contido, gemendo de dor. Perguntavam coisas para ele, mas ele ficava calado. Quando os bombeiros chegaram, ele respondeu o nome dele e onde morava — contou a soldado da UPP dos Tabajaras Caroline dos Santos.
A cirurgia para remoção do vergalhão durou cerca de 5h e foi comandada pelo cirurgião geral Alexandre Edson de Azevedo. Exames mostraram que nenhuma vértebra foi lesionada e a medula está intacta. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, o paciente está na Unidade Intermediária do hospital sob observação, por ainda haver risco de infecção. Mas foi descartada a possibilidade de sequela.
ATENÇÃO: AS IMAGENS A SEGUIR SÃO FORTES
O operário Francisco Bento Barroso caiu e teve um vergalhão atravessado no pescoço Foto: Divulgação
O operário Francisco Bento Barroso caiu e teve um vergalhão atravessado no pescoço Foto: Divulgação
O operário Francisco Bento Barroso caiu e teve um vergalhão atravessado no pescoço Foto: Divulgação
Quem estava de plantão nesta quarta-feira no Miguel Couto e acompanhou o caso foi o neurocirurgião Ivan Sant’Ana, médico que operou Eduardo Leite, que teve o crânio perfurado por um vergalhão em agosto.
- Assim como o outro operário, este também nasceu de novo - disse Ivan.
Vergalhão na cabeça
No dia 13 de agosto, o operário Eduardo Leite, de 24 anos, teve o crânio atravessado por um vergalhão que caiu da obra em que trabalhava, em Botafogo. Ele foi socorrido também no Hospital Municipal Miguel Couto. Aparentemente, Eduardo não ficará com sequelas do acidente.
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