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Política
Quinta - 13 de Setembro de 2012 às 16:48

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As condições das rodovias e ferrovias, a greve no sistema portuário nacional e os problemas de armazenagem de grãos levam as autoridades brasileiras a buscarem saídas emergenciais para o escoamento de uma produção estimada em 170 milhões de toneladas. Realidade que beira um apagão logístico caso uma solução não seja rapidamente anunciada pelo Governo Federal. É o que acredita o senador Cidinho Santos ao fazer referência à supersafra nacional 2011/2012, em discurso na tribuna do Senado, hoje.

"Neste momento, em que nós temos um problema bom, Mato Grosso está produzindo acima de 40 milhões de toneladas de grãos e vivemos uma situação inusitada em que a safra de milho, que era prevista para ser de oito milhões de toneladas, foi de 15 milhões. Mas, qual a situação da infraestrutura das rodovias que cortam Mato Grosso? Essa safra não está podendo ser escoada, simplesmente porque não temos caminhões disponíveis para retirá-la do Estado. Enquanto o nordeste e a região sul do país precisam de milho, Mato Grosso tem uma supersafra e não consegue escoar a sua produção", reclamou Cidinho.

O parlamentar lembrou que já foram feitas reuniões com o presidente da Conab, Rubens Rodrigues dos Santos, e com o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz em busca de uma solução emergencial. Mas, o senador afirma que não houve uma alternativa em curto prazo para essa situação do escoamento da produção de milho do estado de Mato Grosso.

"Isso nos faz refletir sobre aquilo que vem sempre sendo falado no Brasil, ou seja, que chegaria o momento em que teríamos um apagão na logística do nosso país, envolvendo a questão das rodovias, das ferrovias, dos portos e também, como falei há poucos dias aqui, a questão da armazenagem. É preciso sim, que o Governo Federal atente para essas situações. Algumas coisas já estão sendo feitas, mas quando o assunto é construção de rodovias e ferrovias, isso tem de ser num ritmo mais acelerado, porque o Brasil continua aumentando a sua produção e as perspectivas para o ano que vem, logicamente, são maiores", alertou o mato-grossense.

Cidinho também protestou as greves dos trabalhadores portuários que se estendem, segundo ele, para ‘além da paciência nacional" e ameaçam a ordem social e econômica do País. "O movimento paredista tem contribuído muito para o arrefecimento da economia nacional e, enquanto isso, o descontrole do Estado sobre o abuso dos servidores em áreas de extrema "insegurança" nacional chega a ser tão visível quanto o primarismo político das entidades sindicais", exaltou.

 






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