A Polícia Civil informou na tarde deste sábado (15) que já foram identificados os dois suspeitos de matar o PM Diego Bruno Barbosa Henriques, na última quinta-feira (13), na Rocinha, em São Conrado, Zona Sul do Rio. Segundo o delegado da Divisão de Homicídios (DH), Rivaldo Barbosa, os acusados são Rafael da Silva de Barros, de 18 anos, e Ronaldo Azevedo da Cunha, de 24.
Cerca de 40 policiais da DH realizam desde o início desta manhã uma operação na comunidade para tentar prender os suspeitos, que até 15h30 não haviam sido encontrados. Rivaldo pede que moradores ajudem com informações por meio do Disque-Denúncia (2253-1177).
Na manhã da sexta-feira (14), policiais militares detiveram um suspeito da morte do soldado, baleado durante um patrulhamento a pé. De acordo com a Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil, o suspeito seria menor de idade, por isso não será apresentado oficialmente.
Segundo a PM, o suspeito foi detido com carregadores e munições de pistola calibre nove milímetros — mesmo calibre do disparo que matou o policial militar.
“A PM, naquele e em outros locais, aos poucos começa a agir de maneira capilarizada, começa a sedimentar as suas ações. Mas nós não vamos desistir desse projeto que está salvando vidas. Temos problemas sim, mas temos um plano visível e concreto para o Rio de Janeiro e vamos levar esse plano até o fim”, disse na sexta o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, durante visita à Favela da Chatuba na sexta.
De acordo com o relações públicas da PM, coronel Frederico Caldas, o suspeito na Rocinha foi preso com informações dos próprios moradores.
"Esse fato só nos dá mais força para a gente avançar nesse processo de pacificação. Lembrando que a Rocinha é certamente um dos maiores desafios em função do tamanho e da complexidade. Agora, a partir da semana que vem, com inauguração da UPP, a gente traz ainda a estabilidade para esta área.”
Segundo Caldas, o momento na comunidade é melhor do que os meses logo após a ocupação da PM, em novembro do ano passado.
“Tivemos momentos mais críticos, como os primeiros seis meses, a partir da ocupação. Diferentemente do que a gente teve no ano passado, a gente está em uma situação de estabilidade. Esse foi um fato que evidencia que a polícia estava presente, às 22h30, uma patrulha nossa, a pé, numa viela, num beco, protegendo as pessoas. E também mostra o tamanho do desafio. Vamos implementar a UPP na semana que vem com toda a força”, disse ele na sexta.
Segundo a polícia, o soldado morto estava apenas há um ano na corporação. Ele era solteiro e não tinha filhos. O corpo de Diego Bruno Barbosa Henriques foi no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste, na sexta-feira.
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