Segundo o delegado responsável pelo caso, Juvenal Marques Ferreira Filho, a vítima estava amarrada com fio de telefone, havia um fio de ferro no pescoço e várias facadas no corpo. Ele afirma que não há indícios de roubo no casa. "A maneira como ela foi brutalizada indica vingança, ou estado emocional muito alterado por parte de quem praticou o homicídio", diz Juvenal.
Para o delegado a história é contraditória. "Ela (madrasta) conta uma história muito estranha, que não viu ninguém entrar e, de repente, um cara acordou ela à noite e colocou uma venda nela. Mas a faca que foi usada estava lavada em cima da pia. Há roupas dela com manchas de sangue. A história dela é muito inverossímil", conta Juvenal. A casa não tinha sinais de arrombamento e, vizinhos afirmam não terem escutado nenhum barulho.
O delegado explica de que forma a polícia irá agir perante o caso. "A história que está sendo contada pela madrasta, companheira do pai dela, que está preso, é meio complicada, há muitas contradições. Foram apreendidas duas peças de roupa com manchas de sangue, isso está dando uma impressão de que a história não é realmente como ela contou", diz o delegado.
No fim da tarde de sábado, após a coleta de depoimentos, a madrasta foi levada para o 1º DP de São Vicente, onde ficará presa aguardando a decisão do juiz sobre o caso. Segundo delegado, a determinação deve ser apresentada entre domingo (16) e segunda-feira (17).
De acordo com a amiga da família, Aline Cardeal, a adolescente havia se mudado para São Vicente há cerca de um ano. A garota morava com a mãe em Uberlândia, em Minas Gerais, e veio para a cidade para ficar mais perto do pai, que foi preso há poucos meses. "Não imagino quem possa querer fazer mal a ela, era uma menina super quieta, não saía de casa, era religiosa e não tinha namorado", conta a amiga. Ainda segundo Aline, a adolescente não frequentava a escola desde que se mudou para São Vicente.
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