Ao G1, o motorista Ricardo Gonçalves dos Santos, de 32 anos, que é motoboy, disse que tudo não passou de “um simples acidente”, e alegou que foi fechado por um outro carro. Santos afirmou que ter bebido na noite de sábado (15), ido para casa e dormido. Depois acordou neste domingo e saiu de carro para jogar bola. Ele alegou, porém, que não teve culpa no atropelamento. O homem se submeteu ao teste do bafômetro, que deu negativo.
Carro furou bloqueio feito para prova de corrida (Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press)
"Fui o primeiro a ser atingido pelo Palio. Ele veio com tudo para cima da grade de proteção, a derrubou e meu atropelou, machucando meu braço esquerdo. Acho que dava para ele ter freado. Vi quando o carro acertou uma senhora e a arremessou longe de onde eu estava", disse o bancário André Braga Araújo Pinto, de 24 anos, uma das vítimas do atropelamento e participante da corrida.
"O motorista foi preso em flagrante porque desrespeitou as leis de trânsito e adotou uma postura imprudente ao volante, assumindo o risco de matar. Ele foi indiciado por tentativa de homicídio por dolo eventual. Havia sinalização completa do evento, que reuniu 30 mil pessoas, havia um bloqueio anterior, a 1,5 km do local do acidente. Ele descumpriu todas as regras de trânsito, passou por cima de barreiras e atropelou sete participantes", explicou o delegado Pernambuco. As vítimas participariam da 20ª Maratona de Revezamento da Cidade de São Paulo.
Motorista foi levado para o 27º DP, no Campo Belo
(Foto: Kleber Tomaz/G1)
Duas vítimas ficaram gravemente feridas, segundo a CET. Todos os feridos foram levados para hospitais da região. Segundo o delegado, caberá à Justiça arbitrar o valor da fiança, caso da defesa de Santos peça sua liberdade.
O motorista foi agredido após o atropelamento, segundo a polícia. "O motorista está com a habilitação e a documentação do carro em ordem. Ele contou que ia jogar bola no Parque Villa Lobos quando foi fechado", disse Pernambuco. Segundo o delegado, policiais militares que atenderam a ocorrência informaram que o motorista do Palio não tentou fugir após o atropelamento. Como o motoboy foi agredido por outras pessoas, ele precisou ser protegido.
A CET, porém, deu outra versão: o condutor fugiu a pé após atropelar as pessoas e, por isso, apanhou. A companhia informou que o atropelamento ocorreu por volta das 8h30 na Avenida Pedro Álvares Cabral em frente à Praça Ibraim Nobre, perto do Obelisco do Ibirapuera. O carro furou um bloqueio que era destinado a segurança dos participantes.
Vítimas
Uma das vítimas com ferimentos leves foi levada para o Hospital Albert Einstein, no Morumbi, na Zona Sul. Ela passou por avaliação médica e recebeu alta nesta tarde. Segundo os bombeiros, a outra vítima socorrida pela corporação foi levada com ferimentos leves para o Hospital Nove de Julho - o hospital nega a informação.
Um outro ferido foi levado para o Hospital São Luiz, do Itaim Bibi, na Zona Sul. A família da vítima não autorizou a divulgação do estado de saúde dela, segundo a assessoria de imprensa do hospital. Até as 16h45 deste domingo, não havia informações sobre o estado de saúde das demais vítimas do acidente.
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