Fogo destruiu entre 40 e 60 barracos na manhã desta segunda-feira
Corpo carbonizado é encontrado em favela
O incêndio que atingiu a favela do Moinho, na região central de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (17), deixou pelo menos uma pessoa morta. O corpo foi encontrado quando os Bombeiros faziam o trabalho de rescaldo na área. Ele estava carbonizado, em meio aos escombros, sob o viaduto.
De acordo com os Bombeiros, ainda não é possível identificar se o corpo é de um homem ou uma mulher. Eles informaram que nenhuma queixa de desaparecimento foi registrada.
Em sua página oficial no Twitter, a corporação divulgou que as equipes no local teriam sido avisadas de que o incêndio começou após uma suposta briga entre usuários de drogas.
Moradores da favela do Moinho afirmaram que o fogo foi iniciado por volta das 7h e teria sido causado por um homem. Alguns moradores ouvidos pelo R7 informaram que o suspeito seria viciado em crack.
Até agora, o Corpo de Bombeiros estima que entre 40 e 60 barracos tenham sido destruídos pelas chamas. Segundo o major Marcelo Cesar Carnevale, o fogo se alastrou rapidamente pela favela devido à grande concentração de materiais recicláveis que havia no local.
O incêndio foi controlado por volta das 8h15. Esta é a segunda vez que a região pega fogo. Nesta manhã, os moradores corriam entre as vielas do local para tentar retirar alguns objetos.
De acordo com os bombeiros, as 18 viaturas que foram encaminhadas para o local ainda permaneciam na favela. O objetivo era apagar todos os focos de incêndio que ainda persistiam.
Por causa da fumaça do incêndio, o viaduto Engenheiro Orlando Murgel, que liga as avenidas Rio Branco e Rudge, foi totalmente bloqueado nos dois sentidos, de acordo com informações da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). De acordo com os bombeiros, a estrutura do viaduto não foi danificada.
O fogo também interrompeu a circulação da linha 8-Diamante da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) entre as estações Barra Funda e Júlio Prestes.
Esse é o 34 º incêndio em favelas da capital ocorrido somente neste ano, segundo informações da corporação. Equipes da Eletropaulo também estavam no local, caso fosse necessário desligar a rede elétrica.
A favela já havia sido incendiada em dezembro do ano passado. Na época, cerca de 360 barracos. Na época, a Sehab (Secretaria Municipal de Habitação), da Prefeitura de São Paulo, informou que todas as 600 famílias que moravam na favela tinham direito ao auxílio-aluguel emergencial no valor de R$ 300 por três meses.
Entretanto, muitos moradores rejeitaram a bolsa, pois temiam ficar sem opções após o período do auxílio. Tanto que, muitas famílias retornaram à favela meses após o incêndio.
Comentários